Bancos, seguradoras e empresas cotadas vão financiar neutralidade carbónica em Portugal

O ‘Roteiro Nacional para a Neutralidade Carbónica em 2050’ em Portugal será alvo de uma conferência de apresentação na próxima segunda-feira, dia 8 de julho.

Diversos bancos, companhias seguradoras e empresas cotadas em bolsa serão signatários do ‘Roteiro Nacional para a Neutralidade Carbónica em 2050’ em Portugal, que será alvo de uma conferência de apresentação na próxima segunda-feira, dia 8 de julho.

O evento terá por objetivo debater “O papel do financiamento sustentável” para atingir a referida neutralidade carbónica do nosso país no referido horizonte temporal.

O Ministro do Ambiente e da Transição Energética, João Pedro Matos Fernandes, irá presidir a esta conferência, que se irá realizar na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, às 14h30.

Nesta conferência será divulgado o relatório ‘Linhas de orientação para acelerar o financiamento sustentável em Portugal’ e assinada a ‘Carta de compromisso para o financiamento sustentável’.

Entre os signatários deste roteiro para a neutralidade carbónica em 2050 contam-se, do lado bancário, a APB – Associação Portuguesa de Bancos, Banco de Portugal, Caixa Geral de Depósitos, Crédito Agrícola, Barclays, Banco Montepio, Millennium BCP, Novo Banco, Santander e IFD – Instituição Financeira de Desenvolvimento.

Outros designatários deste documento são a CMVM – Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, ASF – Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões, Associação de Empresas Emitentes de Valores Cotados em Mercado, APS – Associação Portuguesa de Seguradores, APFIP – Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios, e Euronext, assim como os Ministérios do Ambiente e da Transição Energética, o Ministério das Finanças e o Ministério da Economia.

“O Ministério do Ambiente e da Transição Energética coordena o ‘Grupo de Reflexão para a promoção do Desenvolvimento Sustentável e Descarbonização’ que, em parceria com o Ministério das Finanças e o Ministério da Economia, tem por objetivo desenvolver um diálogo estruturado com o setor financeiro nacional, de forma a promover e acelerar as práticas de investimento sustentável em Portugal”, explica um comunicado o ministério liderado por Matos Fernandes.

O mesmo documento adianta que o ‘Grupo de Reflexão’ “pretende evidenciar a importância da integração dos riscos ambientais, sociais e de governação nos processos de gestão de risco do setor financeiro”, além de “motivar o setor financeiro para o desenvolvimento e investimento em produtos financeiros que promovam empresas, instituições da economia social e projetos alinhados com os princípios de sustentabilidade”

Outros objetivos deste ‘Grupo de Reflexão’ são “reforçar a divulgação das linhas de financiamento apoiadas pelo Estado Português, nomeadamente a linha de crédito para a Descarbonização e Economia Circular”, que foi lançada no passado mês de junho, pelo Ministro Adjunto e da Economia, Pedro Siza Vieira, e pelo Ministro do Ambiente e da Transição Energética, João Pedro Matos Fernandes.

Até ao momento, ainda não foram divulgados valores sobre as necessidades de financiamento para fazer cumprir as metas deste ‘Roteiro de Neutralidade Carbónica para Portugal até2050.

Fonte: Jornal Económico