Clubes de futebol precisam investir em segurança no trânsito

No futebol, não existe cultura de prevenção de acidentes de trânsito, nem mesmo quando o valor do ser humano atrás do volante atinge cifras estratosféricas, como no caso dos craques do esporte.

Recentemente, o jogador da Juventus, da Itália e da seleção brasileira, Douglas Costa, cujo passe é avaliado em mais de R$ 200 milhões, sofreu um acidente grave. Apesar de ter saído praticamente ileso, o ocupante do outro veículo ficou ferido gravemente. No início da carreira, Douglas foi flagrado dirigindo sem habilitação em Porto Alegre, o que não é um bom sinal.

Cristiano Ronaldo também sofreu um acidente há alguns anos e sua Ferrari ficou completamente destruída. Até mesmo jogadores como Ronaldo Fenômeno, Ronaldinho Gaúcho e Neymar já sofreram acidentes de trânsito que, por sorte, foram de menor gravidade. Há também casos históricos com vítimas fatais, como o ocorrido com Edmundo, ou a trágica morte de Dener, atleta do Vasco e da seleção, considerado, nos anos 90, uma promessa do esporte. Na época, além do drama humano, sua morte também causou um grande prejuízo ao clube. Outros exemplos estão em acidentes de ônibus com jogadores que, além de deixar mortos e feridos nas estradas, deixou alguns atletas inválidos e outros sem conseguir voltar a jogar em alto nível.

O que é impressionante é que nem mesmo atletas como Douglas Costa ou Cristiano Ronaldo, cujo valor dos passes superam as centenas de milhões, recebem orientação do clube ou de seus empresários sobre os cuidados que devem ter como condutores ou passageiros. É comum, por exemplo, assistirmos equipes chegando para os jogos com atletas de seleção e até repórteres famosos festejando e dançando em pé nos ônibus, se esquecendo que uma colisão, mesmo que a baixa velocidade, sem o cinto de segurança, pode tirar um atleta do jogo, da temporada ou até mesmo, da carreira. Por isso, é importante que os clubes invistam em criar atletas conscientes sobre várias questões, afinal, eles serão os ídolos do futuro e exemplo para os jovens.

Cuidar do transporte dos atletas e estimular a cultura de segurança, além de ser uma forma de ajudar na divulgação positiva dos jogadores e do clube, ajuda a preservar o patrimônio dos mesmos. Não podemos esquecer que a segurança no trânsito é um bom negócio e precisa entrar em campo no futebol.

Fonte: Rodolfo Rizzotto, Coordenador do SOS Estradas