Brasileiro suspeito de liderar um esquema de fraude no seguro é preso em Miami

Na terça-feira, dia 4, o empresário Márcio Rodrigo Cantoni, foi preso por estar morando ilegalmente nos Estados Unidos.  Ele é suspeito de liderar um esquema de fraude no pagamento do Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículo Automotor (DPVAT) em Londrina.

Em maio de 2017, Cantoni e mais quatro pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) pelas fraudes.

Com prisão decretada desde setembro de 2016, o nome dele foi colocado na lista de procurados da Polícia Internacional (Interpol).

No comunicado que fez à Interpol, a Polícia Federal diz que o grupo do empresário fez cerca de 500 vítimas em todo o Brasil.

A denúncia feita pelo MP dizia que os suspeitos formavam um grupo “que tinha como objetivo identificar e angariar vítimas de acidente de trânsito e, em seguida ingressar com ações judiciais em nome delas, por meio de procurações e documentos falsos, pedindo indenização referentes ao seguro obrigatório”.

Ainda conforme o Ministério Público, sob a liderança de Márcio Cantoni, os suspeitos “teriam se apropriado indevidamente dos valores recebidos em decorrência de indenizações, deixando de repassá-los a quem de direito, provocando prejuízos às vítimas”.

Seguro obrigatório

A Seguradora Líder, que administra o DPVAT, informou que denuncia às autoridades todos os casos em que há suspeita de crimes. A seguradora alerta que os segurados não devem aceitar a ajuda de terceiros para conseguir o seguro obrigatório.

A defesa de Márcio Cantoni informou que desconhece os motivos que levaram à detenção do empresário nos EUA, porque “no Brasil os decretos de prisão foram revogados pelo Tribunal de Justiça do Paraná e pelo juízo de primeiro grau. ”

Sobre as denúncias de que Cantoni realizava fraudes no pagamento de DPVAT, a defesa disse que “o teor da acusação é objeto de processo que ainda está submetido a juízo em primeira instância”. Segundo a defesa, o empresário estava se preparando para voltar ao Brasil.

Ainda conforme o Ministério Público, sob a liderança de Márcio Cantoni, os suspeitos “teriam se apropriado indevidamente dos valores recebidos em decorrência de indenizações, deixando de repassá-los a quem de direito, provocando prejuízos às vítimas”.

FONTE: CQCS | Sueli Santos com informações do G1