Seis a oito motos são furtadas ou roubadas por dia em Porto Alegre

A cada 24 horas, em média, 31 veículos são levados por ladrões na Capital e, destes, em torno de 20% são motocicletas.

Estimativa da Polícia Civil e do Sindimoto serve de alerta para motociclistas para que não comprem peças clandestinas.

Entre seis e oito motocicletas são furtadas ou roubadas por dia em Porto Alegre. Essa é a estimativa da Delegacia de Repressão ao Roubo de Veículos (DRV) e do Sindicato dos Motociclistas Profissionais do Rio Grande do Sul (Sindimoto).

 

A cada 24 horas, em média, 31 veículos são levados por ladrões na Capital e, destes, em torno de 20% são motocicletas.

As principais vítimas deste tipo de crime são os motoboys, categoria profissional que tem nesse tipo de veículo o principal instrumento de trabalho. Por conta disso, o Sindimoto e o Coletivo Motoboys 398, que agrega entregadores do bairro Lomba do Pinheiro, na zona leste da Capital, lançaram campanha: “Peças de barbada? Pode ser fruto de roubo”.

O objetivo, de acordo com a vice-presidente do sindicato, Luciane Gonsalves, é conscientizar a categoria e motociclistas não profissionais sobre as consequências da compra de acessórios de procedência desconhecida.

– Muitos furtos e roubos de motos são destinados aos ferros-velhos, que revendem as peças por preços bem mais baixos. Quem compra estimula a ação dos ladrões – explica.

Desmanches: O titular da DRV, delegado Adriano Nonnenmacher, concorda. Segundo ele, os desmanches estão entre os principais destinos dos veículos levados por criminosos, principalmente quando trata-se de motocicletas.

– No ano passado, realizamos ações para coibir o comércio clandestino em desmanches, ferros-velhos e autopeças. Normalmente, as motos são roubadas para isso ou para a prática de assaltos a pedestres e ao comércio, com uso de uma placa falsa – explica.

Recentemente, de acordo com Nonnenmacher, a polícia descobriu que, além de furtos e roubos, está sendo praticado outro tipo de crime, uma fraude.

– É um golpe em seguradoras. O proprietário faz seguro e registra um falso roubo para receber a apólice – explica do delegado.

Os bairros: Por grupos de WhatsApp, motoboys comunicam aos colegas e ao Sindimoto os casos de roubo e furto. Com base nessas informações, o sindicato estima que os bairros Petrópolis, Partenon, Bom Jesus, Rubem Berta e Lomba do Pinheiro são os que têm a maior incidência.

 As motos levadas em assaltos, além do prejuízo financeiro, deixam traumas nos profissionais que trabalham sobre duas rodas. Um motoboy de 32 anos conta a experiência de, com uma arma apontada para a cabeça, ter sido obrigado a entregar a moto, neste ano.

— Tinha ido fazer a entrega no Petrópolis. Tive de esperar na rua enquanto o porteiro fazia contato com o cliente. Uma moto com dois passou por mim, foi até a esquina e voltou. O que estava na carona então me apontou a arma e gritou: “perdeu, perdeu, entrega a moto” —relembra.

Drama semelhante foi vivido duas vezes por Paulo Cesar Lopes, 50 anos, metade deles trabalhando como motoboy. Ele foi assaltado duas vezes – em 2002 e em 2010 – mas conta que trauma é permanente.

— O seguro é muito caro, não consigo pagar – conta.

Conforme a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), há cerca de 26 milhões de motocicletas rodando pelo Brasil. Deste total, segundo o Sindicato das Seguradoras do Rio Grande do Sul, só 2% (cerca de 520 mil motos) rodam com algum tipo de seguro em todo o país.

Além do prejuízo financeiro, o trauma: As motos levadas em assaltos, além do prejuízo financeiro, deixam traumas nos profissionais que trabalham sobre duas rodas. Um motoboy de 32 anos conta a experiência de, com uma arma apontada para a cabeça, ter sido obrigado a entregar a moto, neste ano.

— Tinha ido fazer a entrega no Petrópolis. Tive de esperar na rua enquanto o porteiro fazia contato com o cliente. Uma moto com dois passou por mim, foi até a esquina e voltou. O que estava na carona então me apontou a arma e gritou: “perdeu, perdeu, entrega a moto” —relembra.

Drama semelhante foi vivido duas vezes por Paulo Cesar Lopes, 50 anos, metade deles trabalhando como motoboy. Ele foi assaltado duas vezes – em 2002 e em 2010 – mas conta que trauma é permanente.

— O seguro é muito caro, não consigo pagar – conta.

Conforme a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), há cerca de 26 milhões de motocicletas rodando pelo Brasil. Deste total, segundo o Sindicato das Seguradoras do Rio Grande do Sul, só 2% (cerca de 520 mil motos) rodam com algum tipo de seguro em todo o país.

Fonte: Zero Hora