Auto: violência no DF aumenta preço do seguro em até 40%

Centro-Oeste – O crescimento dos índices de furtos de veículos no Distrito Federal tem elevado os valores dos seguros automotivos. As apólices tiveram aumento de cerca de 20% em comparação com 2017. O Sindicato dos Corretores do Distrito Federal (Sincor-DF) calculou que os reajustes podem pesar até 40% no bolso dos consumidores.

O presidente da entidade, Dorival Alves de Sousa, afirma que o aumento da criminalidade foi fundamental na alta dos valores das apólices. “Os índices de furtos e arrombamentos são levados em conta pela seguradora, por isso, o custo aumenta.

Por exemplo, um seguro, em Samambaia ou Taguatinga, provavelmente, terá um preço bem mais alto do que se o carro fosse do Cruzeiro”, declara. “Os indicadores de criminalidade fazem com que as seguradoras calculem o montante de acordo com o CEP de pernoite do veículo”, completa.

Profissionais da área afirmam que as pessoas, normalmente, procuram por seguros após terem danos causados aos seus automóveis. Completam que esse é um risco desnecessário que pode elevar os valores de reparação, principalmente quando outro carro está envolvido na colisão.

Os riscos aumentam ainda porque no Brasil é comum que as pessoas parcelem as prestações de seus veículos por mais de dois anos e, caso o veículo seja furtado nesse período, além da perda do carro, o condutor ainda irá arcar com os gastos previstos no contrato da compra. Além disso, a seguradora presta serviços de problemas do dia a dia com o veículo, como pneus furados e problemas mecânicos.

É preciso ter cautela

Apesar das vantagens, o consumidor precisa ficar atento em casos de seguros muito baratos em relação à média do mercado. Dorival explica que é preciso ter cuidado ao contratar o seguro. Segundo ele, há várias empresas que oferecem um serviço pirata por um valor bem mais barato, o que acaba atraindo o consumidor. Companhias ilegais oferecem serviços pela metade do preço. “É preciso que a instituição tenha registro e permissão do Ministério da Fazenda. Existe um mercado que é regulado. ”

As empresas irregulares oferecem um valor simbólico a ser pago pelo beneficiário. Caso haja algum sinistro, a associação vai ratear entre todos os associados o valor necessário para cobrir o dano. “Isso não é legal, do ponto de vista empresarial. A operadora de seguro precisa ter reservas financeiras e um preço pré-estabelecido para cada beneficiário que dê conta de pagar os serviços necessários”, alega o presidente da Sincor-DF.

Fonte: Revista Apólice I Correio Braziliense