Ativos das seguradoras são de mil milhões de dólares

Os ativos do setor angolano dos seguros, com 26 empresas licenciadas para operar, são superiores a mil milhões de dólares (mais de 166 mil milhões de kwanzas), declarou ontem, em Luanda, o presidente do Conselho de Administração da Agência de Regulação e Supervisão de Seguros (Arseg).

Aguinaldo Jaime, que falava à imprensa à margem de um seminário consagrado aos desafios do setor, notou que o setor passa por um período de crescimento, apesar do risco de depreciação da moeda nacional.

A preocupação da Arseg, apontou, é fazer com que o crescimento seja sustentado, para não pôr em risco as empresas que operam no mercado e os consumidores que recorrem ao setor para a proteção dos ativos.

Aguinaldo Jaime considerou um dos desafios do setor dos seguros garantir a solvabilidade dos operadores, “porque quando se opera com as poupanças das pessoas, é importante que quem gere não vá à falência, para não colocá-las em risco,” afirmou.

É igualmente importante garantir que quem recorre ao seguro para a proteção da vida e dos seus bens, possa ter uma adequada proteção, declarou o presidente do Conselho de Administração da Arseg.

“Estes são os principais desafios do setor: garantir a solvabilidade e a proteção dos consumidores”, além do aumento da literária financeira e do recurso às novas tecnologias para obter proteção contra os riscos que os meios tecnológicos comportam.

Aguinaldo Jaime afirmou que o desafio da literária está ligado à constatação de que, apesar do crescimento, a participação do setor na formação do produto interno bruto (PIB) é diminuta.
“Temos de aumentar a taxa de penetração de seguros e a taxa de identidade de seguros, desafios que não podem ser enfrentados isoladamente pela Arseg, mas em colaboração com o Banco Nacional de Angola, a Comissão de Mercado de Capitais e do Executivo”, referiu. A instituição tem feito o seu papel no diálogo, permanentemente, com as associações, as empresas de seguro e gestoras de fundos de pensões para um desenvolvimento harmonioso no setor da regulação.

Aguinaldo Jaime definiu a regulação como um fator importante para o desenvolvimento harmonioso do mercado de seguros e fundos de pensões e considerou que, para ser bem-sucedida, é preciso que seja feita em colaboração com outras entidades supervisoras.

“Não impomos a regulação, mas procuramos auscultar. Recolhemos os pontos de vista das associações e depois propomos aos órgãos competentes no sentido de preservar a solvabilidade do mercado e a proteção dos consumidores”, disse.

Seguradora do Banco Sol

A Sol Seguros, uma seguradora ligada ao Banco Sol, foi apresentada ontem, em Luanda, pelo presidente do Conselho de Administração da instituição bancária.

Coutinho Miguel disse, no ato, que a instituição tem uma incidência capital sobre o mercado angolano, por ter criado soluções inovadoras, que vão ao encontro das expectativas e necessidades reais do mercado.

O relatório do exercício e contas do Banco Sol, apresentado em  Dezembro de 2016 refere que os ativos do banco rondam os 2,3  mil milhões de dólares (383 mil milhões de kwanzas), com serviços que incluem 200 agências, 15 centros de empresa, um rácio de  solvência de 14,9 por cento, acima da média exigida pelos normativos e diretivos do  Banco Nacional de Angola,  e uma taxa de transformação na carteira de depósito de 40 por cento.

Isso, afirmou Coutinho  Miguel demonstra que a instituição tem liquidez e vocação para um crescimento assente na diversificação  econômica que o país necessita, na estabilidade financeira, inclusão financeira, desenvolvimento de mercado de capitais e de negócios, incluindo a entrada no mercado de seguros, resseguros e dos fundos de pensões.

Fonte: Jornal de Angola