Seguradoras criam fundo de 2,5 milhões para apoiar vítimas de Pedrógão Grande

A Associação de Seguradores vai criar fundo especial com 2,5 milhões de euros para “apoiar os familiares das pessoas falecidas em consequência do incêndio” de Pedrógão Grande. As seguradoras vão assumir todos os custos das casas que arderam e dispõem de seguro.

As companhias de seguros decidiram criar um fundo especial de 2,5 milhões de euros para apoiar as famílias das vítimas mortais do incêndio em Pedrógão Grande, no âmbito da Associação Portuguesa de Seguradores (APS), informou esta instituição em comunicado divulgado esta quinta-feira, 22 de junho.

Os recursos geridos por este fundo destinam-se a “financiar a atribuição de compensações extraordinárias, de natureza excepcional, de apoio aos familiares das pessoas falecidas em consequência deste incêndio, num processo que se pretende que seja célere”, adianta a APS.

“O objetivo deste fundo especial é exclusivamente ajudar as famílias a reorganizarem as suas vidas e a fazer face a necessidades imediatas, em função das suas perdas”, adianta o presidente da APS, José Galamba de Oliveira, citado no comunicado.

As seguradoras convidaram o professor catedrático de Direito, Pedro Romano Martinez, para liderar a equipa que vai propor os critérios de atribuição dos recursos pelos familiares das vítimas mortais do incêndio. A APS espera divulgar em breve as condições destas compensações, que “não significam nem envolvem o reconhecimento de qualquer tipo de responsabilidade das empresas de seguros”.

Companhias pagam casas ardidas com seguro

As companhias de seguros decidiram ainda assumir todos os custos relativos às casas que arderam no incêndio de Pedrógão Grande e que estejam protegidas por um contrato de seguro.

Nos seguros que protejam estas habitações “não serão aplicadas as franquias contratuais nem se aplicará em caso de infraseguro – ou seja, um seguro feito por valor inferior ao valor da habitação – a denominada regra proporcional e calcularão as indemnizações devidas nos termos gerais”, refere o comunicado da APS.

Fonte: Jornal de Negócios – Portugal