Continuação do artigo publicado no 3326/2024 em 03/06
- a) Regulação de sinistros:
- Instalações residenciais e comerciais:
Um dano elétrico pode surgir de causas externas, como por exemplo uma descarga atmosférica, com impacto direto, descarga ao solo ou por indução, ou por causa interna, ou seja, um desarranjo na instalação, no circuito ou no equipamento que está consumindo energia naquele circuito.
Esta diferenciação deve ser evidenciada e os meios de prova apresentados quando possível. Traços de fusão primária indicam a existência do curto circuito antes de um incêndio ou mesmo se a fusão ocorreu e algum mecanismo de proteção atuou o incêndio ocorreu, mas em pequenas proporções.
Verificar com cuidado se o evento não poderá ser enquadrado em um dos excludentes de cobertura e neste caso evidencia-los.
Quando da ocorrência de um dano elétrico em uma instalação, observar qual ou quais os circuitos foram avariados, se avariados, para orientar o segurado na busca de uma indenização limitada aos prejuízos diretos, evitando-se a apresentação de orçamento que contemplam a totalidade da instalação.
- Instalações industriais:
Nestes casos, muitas vezes observamos o aparecimento de equipamentos de grande porte, caros e de pouca ocorrência em sinistros, o que nos remete para o uso de informações, inicialmente, do setor de manutenção da empresa, seus prestadores de serviço e outros fornecedores para um cotejamento de opiniões e preços, quando possível.
Entretanto a busca pela causa, já apresentada no item acima deve ter seguimento neste tipo de instalação ou equipamento.
O que observaremos é que a quantidade de informações nem sempre é suficiente, fazendo com que o parecer do perito assuma importância ainda maior.
Fonte: Inspeção de Risco e Regulação de Sinistro – Antonio Mario Bestetti- FUNENSEG
Mario Bestetti / Corretor de Seguros, Instrutor ENS, Perito Judicial