O Caderno Especial sobre Seguro e Resseguro do Jornal Valor Econômico, publicado nesta terça-feira, 30 de abril, destaca o otimismo do mercado segurador brasileiro devido ao “crescimento robusto das receitas, na casa dos dois dígitos”.
Com base em dados fornecidos pela CNseg, o jornal informa que a arrecadação das seguradoras chegou a quase R$ 670 bilhões em 2023, com crescimento de 11,5% em relação a 2022.
E para este ano, a projeção da CNseg é de crescimento de 12%, com destaque para o Seguro Garantia, que deve crescer 22%, com a retomada das grandes obras.
Ouvido na reportagem, o presidente da CNseg, Dyogo Oliveira, afirmou que “para este ano, vemos a economia brasileira mais robusta, com o Produto Interno Bruto em alta de 2,5%, a massa salarial crescendo 7% em termos reais, a taxa de inflação arrefecendo, os preços dos commodities estáveis, e uma retomada das operações de crédito”.
Captações da Previdência Privada crescem e retomam níveis pré-pandemia
De acordo com o presidente da FenaPrevi, Edson Franco, o setor mostrou resiliência na pandemia, preservando um nível de captação líquida positiva, ainda que reduzida. Entretanto, informa a matéria, nos últimos 12 meses, até fevereiro de 2024, o resultado acumulado de 11,7% nos prêmios e contribuições superou os R$ 176 bilhões.
Operadoras de saúde lançam planos acessíveis e regionalizados
Enfrentando custos crescente, as seguradoras de saúde adotam estratégias para incrementar o resultado operacional, oferecendo produtos mais acessíveis e regionalizados, com foco na atenção primária e em parcerias com prestadores de saúde.
Assim, apesar do resultado operacional negativo em R$ 5,9 bilhões em 2023, o lucro líquido do setor chegou a R$ 1,9 bilhões devido aos ganhos financeiros.
Sobre o crescimento para 2024, a diretora-executiva da FenaSaúde, Vera Valente, afirmou que ainda é cedo para estimar. Ela também defende alterações na regulação para permitir a comercialização de planos exclusivos de consultas e exames para atrair mais clientes.
Guerras e ameaças crescentes desafiam o setor
Com o crescimento das tensões geopolíticas, o mercado segurador precisa se adaptar a um ambiente mais imprevisível aprimorando seus processos. “As seguradoras estão revisando estratégias de gestão de risco e desenvolvendo soluções inovadoras para ajudar as empresas a mitigar os impactos de eventos geopolíticos”, afirma o presidente da Federação de Seguros Gerais (FenSeg), Antonio Trindade.
Os ataques cibernéticos, que até 2025 podem gerar prejuízos de até US$ 10 trilhões em todo o mundo; a expectativa do aumento na procura pelo seguro contra roubo de cargas; os impactos da crise climática, com o expressivo aumento dos desastres naturais em 2023; e os impactos da Inteligência Artificial na indústria de seguros também estão entre os temas abordados no Caderno Especial do Valor.
A publicação também traz um anúncio da CNseg
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Fonte: CNseg