Atenção no Seguro, por Gerson Anzzulin: A realidade do mercado de seguros nas regiões Norte e Nordeste

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O mercado segurador das regiões Norte e Nordeste acompanhou a tendência do país e fechou 2023 com um crescimento na casa dos dois dígitos.

Conforme o presidente do Sindicato das Seguradoras Norte e Nordeste, Ronaldo Dalcin, existem diversas possibilidades de expansão do segmento para os próximos anos, devido principalmente à retomada das obras de infraestrutura.

Fundado em 1956, o SINDSEGNNE representa empresas de 13 Estados. Nesta entrevista, Dalcin fala sobre o cenário e as perspectivas para 2024.

– Como está o mercado de seguros para as regiões Norte e Nordeste?

Fechamos 2023 com um crescimento na faixa de 10,5%. Os seguros auto, residencial, empresarial, responsabilidade civil e garantia foram os produtos de destaques.

– O Rio Grande do Sul enfrentou problemas climáticos ao longo de 2023. As regiões Norte e Nordeste tiveram entraves semelhantes?

Estas regiões sofreram menos com as intempéries climáticas. Mas existem localidades, como no interior da Bahia, que foram atingidas por granizo e vendaval, com efeitos diretos no seguro rural. Em maio de 2022, as chuvas em Recife determinaram a morte de 132 pessoas. Naquela ocasião as seguradoras indenizaram 1.200 sinistros no valor total de R$ 40 milhões.

– Como o senhor avalia a iniciativa da CNseg de criação do seguro catástrofe?

Extremamente positiva. O nosso segmento é importante na economia, mas tem um viés social fundamental. Este é um seguro que pode mitigar os problemas ocasionados pelas catástrofes climáticas. Isso faz jus ao nosso propósito de cada vez mais estar alinhado com os conceitos ASG (Ambiental, Social e Governança).

– Qual poderá ser o impacto do PAC?

Temos a previsão de investimentos de trilhões no PAC. Isso é muito importante. As regiões Norte e Nordeste carecem de obras de infraestrutura. Se isto ocorrer na prática, movimenta a economia, desde a construção de pontes até a abertura de restaurantes para atender os trabalhadores.

Por outro lado, temos o desafio de diversificar. Atualmente existe uma concentração expressiva da venda de seguros para automóveis. Precisamos nos comunicar mais com o público consumidor para conseguir abrir o leque de produtos.

– Como chegar nas classes C, D e E?

Um dos pilares do Programa de Desenvolvimento do Mercado de Seguros da CNseg é aumentar em 20% a população que consome seguros e, ao final de 2030, atingir 10% do PIB. O Brasil é um país carente de educação financeira. Não existe país desenvolvido sem uma indústria de seguros forte.

– Quais as projeções para as regiões Norte e Nordeste em 2024?

Acredito no crescimento de cinco carteiras de seguros: vida; empresarial; residencial, responsabilidade civil e garantia.

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Fonte: Jornal do Comércio