Atenção no Seguro, por Gerson Anzzulin: Empresários gaúchos contratam mais seguros

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Levantamento da Federação Nacional de Seguros Gerais aponta que o Rio Grande do Sul arrecadou R$ 100 milhões entre os meses de janeiro e abril, registrando um crescimento de 13% na comparação com o mesmo período do ano passado.

O Estado concentra atualmente 35% das apólices comercializadas na Região Sul. Em indenizações, os empresários segurados receberam R$ 52 milhões no período.

As principais coberturas do seguro empresarial envolvem incêndio ou explosão, vendaval, danos elétricos, roubo, responsabilidade civil e lucros cessantes.

Esta última cobertura permite a continuidade do negócio. “Caso a empresa fique sem operar devido a um incêndio, o lucro que ela deixar de obter por conta do sinistro, durante o período de reconstrução do imóvel, será coberto”, explica Jarbas Medeiros, presidente da comissão de riscos patrimoniais massificados da FenSeg.

No Brasil, ainda segundo a FenSeg, apenas 20% das empresas possuem apólice de seguro empresarial. Para Medeiros, a participação poderia ser maior se o seu custo-benefício fosse mais conhecido.

Com um preço médio anual em torno de R$ 2,5 mil, proteger o negócio é relativamente barato, com parcelas mensais de R$ 200.

CNseg eleva projeção de crescimento do mercado segurador para o biênio 2023/2024

A Confederação Nacional das Seguradoras revisou a estimativa de expansão do mercado segurador para 2023, ampliando em 0,2 ponto percentual a arrecadação do setor, passando de 10,9% para 11,1%.

O movimento é acompanhado pela melhora de indicadores econômicos, como PIB no trimestre, 2,2%, e o ciclo de queda dos juros, de 12,75% até dezembro.

Dos segmentos que formam o mercado consolidado, o de Danos e Responsabilidades projeta, no ano, uma expansão de 18,2%; o de Cobertura de Pessoas, 8%; e a Capitalização, 5,2%.

O presidente da CNseg, Dyogo Oliveira, destaca o desempenho positivo dos seguros de Automóvel, que estima crescimento de 23,4%, e do Rural, com a expectativa de alta de 20%. Além destes, o Habitacional projeta crescimento de 12,7%, Crédito e Garantia, 15%, e os Planos de Acumulação em Cobertura de Pessoas, 8,2%.

Do período já realizado, o setor segurador acumulou, no primeiro trimestre, R$ 90,4 bilhões em arrecadação, alta de 10,2% sobre o primeiro trimestre de 2022.

Na mesma métrica, o segmento de Danos e Responsabilidades cresceu 17,8%, o de Cobertura de Pessoas, 6,9%, e o de Capitalização, 5,3%. No acumulado dos 12 meses móveis, o mercado segurador mostrou expansão de 14,8% até março de 2023, quando comparado ao mesmo período do ano anterior, movimentando R$ 364,2 bilhões em prêmios de seguros, contribuições em previdência privada e faturamento de capitalização.

Para 2024, foi projetado o crescimento de 13% para o segmento de Danos e Responsabilidade, com destaque para Responsabilidade Civil (17,9%) e Automóvel (17,7%); 7,8% para Cobertura de Pessoas, que foi alavancado pelo ramo de Vida (10%); e 10,9% em Capitalização.

As projeções de arrecadação do mercado segurador para o ano foram elaboradas, considerando o cenário e as expectativas econômicas, baseadas nas projeções de mercado compiladas pelo Relatório Focus do Banco Central do Brasil e de modelos estatísticos.

Fonte: Jornal do Comércio I CQCS