ESPAÇO ACADÊMICO

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Compreendendo o conceito de risco em termos atuariais

Em Atuariais estabelecemos que riscos são eventos possíveis, futuros e incertos, portanto, que ainda não ocorreram e cuja ocorrência causará prejuízo econômico ou financeiro, em diversos contextos e áreas. Como exemplos temos a área de saúde, segurança, meio ambiente, política, entre outros.

Existem várias especificações de risco, como o risco puro, em que há apenas a possibilidade de perda ou empate, após um certo período, e o risco especulativo, que além de haver a possibilidade de perda e empate, envolve também a possibilidade de ganho.

Além disso, temos o risco individual, que afeta apenas um indivíduo, como no caso de um acidente de carro, e o risco social, que atinge uma coletividade, como uma epidemia que afeta toda uma região/cidade.

É importante ressaltar que o risco pode abranger tanto ameaças quanto oportunidades, e que a avaliação do risco pode ser usada para prevenir e gerenciar eventos negativos, inclusive para aproveitar oportunidades!

É comum que pessoas em geral entenderem risco como uma probabilidade. Porém, é importante destacar que risco e probabilidade não são sinônimos. Risco se refere à possibilidade de um evento futuro e incerto ocorrer e causar prejuízo econômico ou financeiro, no caso do segmento de seguros.

Já a probabilidade é a medida da chance deste evento ocorrer, em relação ao total de possibilidades – expostos ao risco e previamente delimitados, denominados de Riscos Segurados.

Em resumo, risco é um conceito amplo e complexo, que envolve a possibilidade de eventos futuros e incertos causarem prejuízos econômicos ou financeiros, e pode ser classificado em diversas especificações. A compreensão e avaliação do risco é fundamental em diversos setores da sociedade, permitindo prevenir e gerenciar eventos negativos, bem como aproveitar as oportunidades, transformando-o num ganha-ganha, segundo Michel Porter.

Os riscos que estão no âmbito do Mercado Segurador Privado são os riscos puros e particulares.  Os riscos especulativos pertencem ao segmento de jogos e os riscos sociais estão no âmbito das políticas públicas (e de assistência social e saúde pública, respectivamente).

Assim, o pleno entendimento destas definições permite delinear os encaminhamentos decorrentes, segundo os respectivos setores da economia, não se sobrepondo a entendimentos diversos e conflitantes, como ocorreu e ainda ocorre em casos decorrentes da COVID-19 e de outras vacinas.

Assim, cabe aos estudiosos e especialistas provocarem estas discussões e buscar o devido aprimoramento e ajustes decorrentes.

Kátia Viviane Arnecke Terraciano – Acadêmica de Atuariais/UFRGS

José Antônio Lumertz – Atuário – MIBA 448

Prof. Responsável Atuariais-FCE/UFRGS

Disciplina: Teoria Atuarial – Riscos Patrimoniais e Ambientais