Após três meses de alta, seguro automóvel apresenta queda em março

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De acordo com um estudo da TEx, o índice geral de seguro auto apresentou redução após três meses de alta, chegando a 6,6%.

A TEx divulgou os números de março de 2023 do IPSA (Índice de Preços do Seguro Automóvel). De acordo com o estudo, o índice geral de Seguro Auto apresentou redução após três meses de alta, chegando a 6,6%.

Apesar da diminuição, o índice apontou um aumento de 13,8% no acumulado dos últimos 12 meses. Já na comparação com o mês anterior, houve queda de 1,5% em março.

Segundo Emir Zanatto, CEO da insurtech, nos últimos meses o IPSA vinha em um movimento de alta, devido ao aquecimento do mercado de veículos usados e seus efeitos nos preços e nas taxas de roubo e furtos, porém essa redução sinaliza “mais um cenário de estabilidade do que uma tendência de redução”, explica o executivo.

Para o executivo, o principal motivo por trás da manutenção da taxa é “uma maior convergência no mercado, após absorção e cálculo dos fatores como aquecimento do mercado de usados e taxas de roubo e furto, por exemplo, além de uma freada no aumento dos preços da tabela Fipe”.

O IPSA em março se manteve constante para o gênero masculino, 7,3%, ao mesmo tempo em que apresentou queda de 3,3% para as mulheres. “A distância entre os sexos nunca esteve tão grande nos últimos 12 meses, com os homens pagando 25,9% a mais que as mulheres”, diz Zanatto.

O estado civil também influencia no valor do seguro automóvel. De acordo com o IPSA, homens solteiros pagaram em média 10,7% no seguro de automóvel, sendo 70% mais caro que para homens casados, que pagaram 6,3% em média. Já entre as mulheres, a distância entre solteiras e casadas é menor 25,5%.

Observando o IPSA por faixa etária, o executivo destaca que a redução do índice geral afetou de forma similar quase todas as faixas etárias. “A exceção foi para a faixa dos 18 aos 25 anos que teve aumento de 1,8%”.

Dados regionais

A região onde o segurado reside é um fator muito importante na precificação do seguro, pois interfere diretamente nas taxas de roubo e furto. “Ao analisar por região, podemos observar que a Região Metropolitana do Rio de Janeiro pagou 7,4% (do valor do seguro do carro), aproximadamente 72,1% a mais em comparação a Região Metropolitana de Belém, que tem o valor do seguro na casa dos 4,3%”, afirma Zanatto.

Especificamente na cidade de São Paulo, o IPSA revela que o seguro na Zona Leste é 70% superior à região central. Já a Zona Sul de Belo Horizonte e de Recife tiveram os menores índices, respectivamente 3,9% e 4,6%.

Na capital fluminense, a Zona Norte segue com o maior índice (8,6%) enquanto a Zona Sul do Rio de Janeiro obteve o menor valor (4,6%), apresentando uma diferença de 87%.

Em relação ao ranking dos carros mais cotados pelo TELEPORT, o Chevrolet Onix segue na liderança com 6,4% do volume total, seguido pelo Hyundai HB20 com 5,5% e o Hyundai Creta com 3,4%. Vale lembrar que o top 10 dos carros mais cotados representa 33,2% do total de automóveis cotados no mês de março.

Em relação à análise do IPSA de veículos híbridos, elétricos e à combustão com até dois anos de idade, os veículos de propulsões alternativas tiveram pequena participação no mercado geral em março, representando 2,7%.

Outro ponto destacado pelo executivo é justamente a variação do índice de veículos a diesel, que se manteve no topo com 5,7%, tendo se distanciado da gasolina, que caiu 2%.

Já o índice de elétricos, mesmo com queda de 4,7%, superou o de híbridos no último mês. “Historicamente, os índices de propulsões alternativas são menores que os de veículos à combustão. Isso ocorre em grande parte por conta da manutenção mais simples e dos riscos menores de roubo e furto dos veículos híbridos e elétricos”.

Para baixar o Índice de Preços do Seguro Automóvel completo acesse o link.

https://conteudo.textecnologia.com.br/ipsa

Fonte: Revista Apólice