Porto Seguro registra receita inédita

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De acordo com uma matéria veiculada pelo Valor Econômico nesta terça-feira (08), a Porto Seguro registrou uma receita recorde em 2021. “Pela primeira vez na história da companhia, conseguimos superar R$ 20 bilhões em receitas, mais especificamente R$ 21,5 bilhões”, afirmou o CEO do grupo, Roberto Santos, em entrevista ao site. A seguradora viu a linha crescer 13,2% no ano passado frente a 2020.

Ainda assim, o lucro líquido do ano recuou 8,5%, para R$ 1,544 bilhão. Mas, na visão do executivo, o fim do ano passado já mostra que o jogo virou em relação ao impacto da pandemia.

O grupo registrou aumento de 30,8% no lucro líquido do quarto trimestre de 2021 frente ao mesmo período de 2020, para R$ 532,8 milhões. Entre outubro e dezembro, as receitas avançaram 13,6% na leitura anual para R$ 6 bilhões.

“Foi um quarto trimestre bem especial para nós”, destacou Santos. “O nome do jogo na Porto tem sido crescimento. Alcançamos 11,7 milhões de clientes no fim de 2021 e estamos no rumo para cumprir a meta de dobrar nossa base até 2025”, aponta o CEO.

O Seguro Auto, principal braço de negócios do grupo, pode comemorar um aumento da frota segurada de 311 mil novos proprietários, o que elevou essa carteira para 5,8 milhões de veículos. “Muita gente questiona a capacidade da Porto de continuar crescendo devido ao nosso market share, mas mostramos que há muito ainda a se avançar nesse ramo, porque muitos carros simplesmente não têm seguro. ”

Em 2022, para o executivo, apesar das incertezas trazidas pelas eleições, as condições serão melhores em relação ao cenário de 2021. A melhora da pandemia, conforme a vacinação tenha atingido dois terços da população brasileira, se soma a uma perspectiva de resultado financeiro impulsionado pela Selic de dois dígitos e, no caso do seguro auto, a estabilização dos preços de veículos usados.

No ano passado o mercado secundário de compra e venda de automóveis assistiu a uma disparada de preços por conta da falta de modelos novos, com as cadeias de fornecimento das montadoras impactadas pela pandemia.

“A valorização repentina do mercado de usados levou a um crescimento da sinistralidade”, explicou Santos. “Isso ocorreu porque as coberturas foram baseadas em determinados preços, mas as indenizações acabaram sendo pagas em patamares superiores, diante dos reajustes. ”

Com a desaceleração das altas e uma correção dos preços das apólices, “o pico da sinistralidade já passou”, apontou o CEO da seguradora.

O índice de sinistralidade da companhia fechou 2021 em 53,1%, com uma expansão de 5,6 pontos percentuais sobre 2020. Entretanto, na visão de Santos, ainda assim em um patamar baixo historicamente e com tendência é de estabilidade.

 Fonte: CQCS l Alícia Ribeiro