Saiba como se proteger das condições climáticas com a contratação do Seguro Agrícola

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Saiba o passo a passo para deixar a lavoura coberta de danos que podem ser causados pelo clima ou por pragas

No último ano, o produtor rural de Mato Grosso do Sul enfrentou três estados de emergência, devido principalmente à seca, resultado do fenômeno La Niña, e de geadas recorrentes em 2021.

Autoridades públicas correram para fornecer mecanismos de auxílio e mitigar danos e prejuízos em cada um dos momentos. No entanto, os produtores veem a contratação de seguro agrícola como produto essencial na hora de planejar a safra.

De acordo com o corretor de seguros Luciano Lemos, especializado em atendimento ao público do agronegócio e Head de Seguros na Rio Negro Investimentos, MS teve aumento significativo de contratações para a safra deste ano. “A cobertura ainda é baixa, mas a safra de verão se mostrou recorde no número de apólices contratadas”, afirma.

Como já divulgado pelo Correio do Estado, o estado vem numa crescente na contratação de seguro agrícola, da última safra para esta, o crescimento foi em torno de 40%, na contratação de seguro segundo a Superintendência de Seguros privados (Susep).

Ele explica que ainda há muita desinformação em relação ao produto, e muitas vezes o agricultor fica assustado com os preços do prêmio e acaba desistindo.

O seguro rural é uma modalidade que ressarce o produtor em caso de perdas e prejuízos à lavoura antes de realizada a colheita. Durante o processo de contratação pode ser escolhido quais tipos intempéries podem ser inseridas no contrato. Claro, que quanto maior a cobertura, mais caro é o valor pago.

Custo e procedimento

O Correio do Estado fez uma simulação de como seria a contratação padrão de seguro multirrisco para uma área plantada de 100 hectares de culturas de soja e milho.

Conforme o orçamento fornecido por Luciano Lemos, o valor gira em torno de R$ 200 reais por hectare. Então em uma área como a estipulada seriam R$ 20 mil reais para atingir cobertura total. Já o Milho, o valor é um pouco maior, chega a R$300 reais o hectare, ou R$30 mil reais.

Um ponto importante é a opção de subvenção federal, um mecanismo de auxílio do Governo Federal no qual incentiva o produtor à contratação de tais produtos para a contenção de riscos. Com esse mecanismo ativado, o produtor de soja tem 40 reais de desconto no hectare, barateando a contratação do produto em 20% e o de milho consegue R$ 120 reais de dedução no hectare, um desconto de 40%.

Luciano Lemos alerta que “para ter acesso à Subvenção Agrícola Federal, o produtor tem que ser ágil na contratação do Seguro Agrícola, pois o recurso é disponibilizado em ordem de chegada até completar o teto disponibilizado pelo Governo”.

Diante da concordância do produtor em saber o custo do Seguro Agrícola, o corretor providencia uma cotação junto a algumas das 15 Seguradoras cadastradas e habilitadas pela Susep para comercializar o produto.

Assim, a cotação irá passar por análise e, em alguns casos, a área será vistoriada. Se tudo estiver correto e conforme as normas do Seguro Agrícola, a apólice será emitida.

Ele afirma que as seguradoras enviam as cotações para análise e aceitação já incluem a possibilidade de Subvenção, mas se não houver disponibilidade, o seguro volta com custo normal para o contratante.

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Fonte: Correio do Estado I CQCS