Rebocadores descontentes querem revisão de tarifas pagas por seguradoras

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Rebocadores do Baixo Alentejo estão descontentes com os preços praticados pelas seguradoras e empresas de assistência em viagem pelos serviços de reboque prestados e querem a revisão das tarifas, “insuficientes para assegurar” a sua “viabilidade económica”.

Em comunicado enviado hoje à agência Lusa, a Associação Empresarial do Baixo Alentejo e Litoral (AEBAL) refere a expectativa de rebocadores da região de que as seguradoras e empresas de assistência em viagem “se consciencializem das enormes dificuldades que as empresas do setor de reboques têm vindo a enfrentar”.

Por isso, a AEBAL indica que, “em representação de um grupo de empresários do setor de reboques do Baixo Alentejo”, pediu às seguradoras e empresas de assistência em viagem para que “procedam à revisão do tarifário dos serviços” que os rebocadores lhes prestam, “com a maior brevidade possível”.

Os rebocadores, sem apresentarem qualquer proposta de revisão das tarifas por agora, pedem às seguradoras e empresas de assistência em viagem para analisarem a situação, “no menor tempo possível”, e estão “disponíveis para se reunirem com quem de direito”, para “se poder discutir todas as questões”, frisa.

Os valores constantes nas tabelas que as seguradoras e empresas de assistência em viagem estão a praticar, “sem qualquer atualização na última década, não são suficientes para fazer face a todas as despesas existentes nas empresas do setor” de reboques, alerta a AEBAL.

Segundo a associação, “as seguradoras e empresas de assistência em viagem continuam a praticar valores de tarifas insuficientes para assegurar a viabilidade económica das empresas de reboque, que de ano para ano se têm confrontado com inúmeras despesas”.

Entre as despesas, a associação aponta as relacionadas com o aumento do combustível e os encargos com sistemas de GPS e de faturação eletrónica, e, “mais recentemente”, com uma aplicação ‘web’ para gestão do serviço de reboques, que são “exigências impostas pelas seguradoras e empresas de assistência em viagem para a continuidade dos contratos de prestação de serviços com as empresas de reboque”.

Por outro lado, continua a AEBAL, “de dia para dia, aumenta a dificuldade das empresas do setor [de reboques] em conseguir encontrar motoristas/colaboradores para a prestação dos serviços”, porque, “com os valores tabelados, é impossível praticarem salários justos”.

A associação sublinha que “os rebocadores exercem um serviço de manifesta utilidade pública, com evidentes implicações em matéria de segurança rodoviária”, porque “a negação dos seus serviços aos clientes iria trazer graves consequências para os utentes de transporte automóvel nas rodovias”.

Fonte: Noticias ao Minuto