SulAmérica pagou mais de R$ 2,1 bilhões desde março de 2020 para custear tratamentos e indenizações de Covid-19

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Desde a chegada da Covid-19 no Brasil, em março de 2020, a SulAmérica pagou mais de R$ 2,1 bilhões desde março de 2020 para custear tratamentos e indenizações em detrimento da doença, segundo o presidente da companhia, Ricardo Bottas.

Deste montante, R$ 1,5 bilhão foi apenas em 2021. No entanto, há indícios que a fase mais crítica já foi superada.

“Temos sinais importante que estamos chegando ao final da crise com redução de casos, internações e óbitos e assim esperamos voltar aos patamares mais normalizados de rentabilidade da operação”, afirmou em entrevista ao Valor Econômico.

Atualmente, a companhia tem 159 pessoas internadas e, no pico, houve mais de 3 mil usuários internados em função de Covid.

Os custos médicos relacionados à pandemia atingiram R$ 212 milhões no terceiro trimestre, com uma redução de 50% nos desembolsos feitos no segundo trimestre deste ano, período mais atingido pela segunda onda.

No caso dos seguros de vida, houve pagamento de R$ 56 milhões referentes às indenizações para as famílias de vítimas da doença entre julho e setembro. Desde o início da pandemia, o total alcança R$ 177 milhões.

A sinistralidade geral da companhia recuou 1,3 ponto percentual na comparação com o segundo trimestre, para 84,6%. O índice ainda é elevado se for confrontado com o terceiro trimestre de 2020, quando era 9,4 pontos percentuais menor.

Já o índice combinado, que faz uma relação entre as receitas e custos da empresa, permaneceu acima de 100% no terceiro trimestre, em 102,4%, com pequena elevação frente ao trimestre anterior de 0,5 ponto.

Ante o mesmo período do ano passado, houve subida de 9,6 pontos como reflexo da segunda onda, muito mais agressiva que no início da pandemia.

Em entrevista ao Valor Econômico, o vice-presidente financeiro, Clóvis Pogetti, afirmou acreditar que “o resultado financeiro, que sofreu bastante nos últimos anos com quedas sequenciais da Selic, deve voltar a apresentar melhor performance nos resultados da companhia acompanhando ao aumento da taxa básica”.

No entanto, os executivos da companhia apostam em um cenário de concorrência mais agressiva no mercado de seguro saúde nos próximos meses, com concorrentes praticando preços mais baixos para tentar ganhar participação.

Para Bottas, “essa concorrência agressiva tem um preço e, quando a gente olha a performance relativa e sinistralidade dos players que estão sendo extremamente agressivos, estamos falando de mais de 10 pontos de sinistralidade acima da nossa”.

Fonte: CQCS l Juliana Winge