Covid e o impacto desigual na vida das mulheres

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A vice-presidente de capital humano e sustentabilidade da SulAmérica, Patrícia Coimbra, conversou na última sexta-feira, 12 em Live no Instagram da seguradora com Ana Fontes, fundadora e presidente da Rede Mulher Empreendedora.

Elas falaram, entre outras coisas, sobre equidade de gênero, empreendedorismo e empoderamento feminino.  A live faz parte do evento especial pelo dia das mulheres promovido pela seguradora.

Patrícia citou pesquisa do IBGE sobre a participação feminina no mercado de trabalho, que foi o mais baixo das últimas 3 décadas. “Bem diferente do início da pandemia em que a participação feminina estava em torno de 50%”, ponderou.

Ana comentou que a pandemia afetou as mulheres de forma mais geral, seja pela perda do emprego como pelo aumento da violência doméstica ou ainda pela falta de equilíbrio na realização das tarefas domésticas.

“No ambiente empreendedor, as mulheres abrem negócios mais na área de estética, serviços, moda que são áreas de conforto da mulher e foram as áreas mais afetadas pela pandemia”, disse.

Ela apontou também o perfil da mulher que empreende. “A maioria está entre 30 e 40 anos. Normalmente é o momento da maternidade, 70% são mães e a maioria tem excelente formação, com pelo menos uma graduação”, descreveu.

Patrícia disse que na SulAmérica, 49% dos cargos de liderança são de mulheres. “Temos 20% de mulheres no conselho. Está cientificamente comprovado que quanto mais diverso um time é, mais resultados sustentáveis e robustos para a satisfação do cliente ele traz. É um desafio que todo mundo tem e é preciso trabalhar nesse sentido”, ressaltou a executiva.

A presidente da Rede Mulher Empreendedora aconselhou que as mulheres empreendedoras façam parte de grupos. “Em grupos é mais fácil apoiar umas às outras. Procure um mentor que pode ajudar em alguma questão específica que você tenha”, disse.

Ela também sugeriu que as pessoas comprem de empreendedores. “Compre de pequenos negócios liderados por uma mulher você vai ajudar uma criança, uma família, o entorno dessa mulher e pode fazer diferença na vida delas”.

Ana ressaltou ainda que mulheres empreendedoras têm uma série de dificuldades, entre elas o crédito. “Dar crédito a essas mulheres é fundamental. Fiquem juntas, o participar é fundamental”, destacou.

No fim da live, ela deixou como dicas para as mulheres a união. “É importante seguirmos juntas, defendendo a causa que é a defesa de direitos e condições iguais para homens e mulheres. Façam parte de uma rede de apoio. Você cria laços fortes quando ajuda outra pessoa”, afirmou.

Para Ana, sairemos fortalecidos da atual crise. “A saída para essa questão está nas mulheres. Se continuarmos juntos, sairemos melhor de tudo isso”.

 Fonte: CQCS