Covid-19 acelera processo de regulação digital da NEWE Seguros em agronegócio

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Quem imaginava, tempos atrás, que um sinistro de seguro rural seria regulado por meio de um aplicativo. Certamente ninguém. Somente o setor agrícola vendeu em 2019 cerca de R$ 2,4 bilhões em prêmio de seguros e pagou R$ 1,95 bilhão em indenizações. Trata-se de um seguro volátil por depender das condições climáticas. Por mais evoluído que o agronegócios possa estar, ele ainda é refém do clima.

Tanto que a safra inverno mal começou e a NEWE Seguros, antiga Markel, já registra centenas de avisos sinistros. “Nossa previsão é de que a safra inverno termine com cerca de 2 mil sinistros comunicados”, contou ao blog Sonho Seguro Rodrigo Motroni, vice-presidente comercial da seguradora, que conduz a área Sinistros que já é referência no Brasil entres os peritos especializados no ramo.

Ser digital é o foco da NEWE Seguros, que tem dois importantes projetos em andamento. O aplicativo, no qual o perito será acionado pela área de sinistro. Algo semelhante ao que acontece no aplicativo Uber. Se o perito aceitar, vai ao local e faz tudo virtualmente. “Digita o relatório no próprio celular, tira fotos e o produtor já aprova, com ou sem ressalvas. Com um clique, a seguradora recebe a regulação e já pode avaliar e iniciar o processo de regulação e pagamento da indenização.

Outro projeto que já está em andamento é o sensoriamento remoto, que permite fazer uma análise prévia da área, assim a seguradora não fica tão dependente de dados do IBGE e do próprio produtor. “Isso ajuda a fazer uma análise de risco mais próxima da realidade, beneficiando o produtor com um preço de seguro ajustado a sua realidade”, explica o executivo.

Ele afirma que a seguradora conseguiu se reinventar nessa crise do Covid-19, pois acelerou o processo de digitalização. “Já nascemos tecnológica e agora estamos a um passo de sermos 100% digitais de ponta a ponta, ou seja, da subscrição ao pagamento das indenizações”, afirma Motroni. “Todos nós caímos nesta pandemia desencadeada pelo coronavírus. Ninguém imaginava algo como esta crise sanitária sem precedentes. E tivemos que rapidamente tomar decisões para manter a operação dentro das necessidades dos nossos clientes. Muitos dependem da regulação do sinistro para plantar a próxima safra ou da vistoria prévia para ter acesso ao seguro. E nós conseguimos achar um caminho de atender a todos, sem perder a técnica exigida em seguro rural”, afirmou.

Quando a pandemia chegou ao Brasil, a NEWE estava em plena regulação de centenas de sinistros no Sul do País, causados pela seca. Tivemos mais de 200 sinistros avisados em uma semana. São poucos peritos para atender 14 seguradoras que atuam no segmento”, disse ele. Como ainda não tem o aplicativo pronto, a saída foi criar um protocolo de atendimento diferenciado, dentro das condições inusitadas que a pandemia impôs ao mundo com as restrições de circulação de pessoas e do fechamento do comércio.

Hoje o perito é demandado por e-mail, vai a campo e devolve o laudo em arquivo PDF, ritual que demanda alguns dias. “Mesmo sendo assim, temos um processo rápido por ter um time experiente”, diz Sergio Kumoto, um dos principais nomes do mercado quando o assunto é perito agrônomo. Todos no mercado o conhecem, pois treina cerca de 200 profissionais por ano, participa de vários comitês sobre o tema e passa o dia viajando para vistoriar perdas. “Me sinto um passarinho na gaiola nesta pandemia”, comentou.

“Já temos quase 1.200 avisos de sinistros para a safra de inverno, que acaba de começar,

Como boa parte dos peritos na região Sul do Brasil está no estado do Paraná, eles deixaram as regulações no Rio Grande do Sul, pois os hotéis e restaurantes fecharam e a circulação era restrita, com barreiras policiais. Para resolver a questão, a NEWE criou um protocolo no qual o produtor poderia colher 90% da área, desde que deixasse uma faixa testemunha das lavouras, para quando o perito pudesse retornar para fazer a avaliação.

“O protocolo foi criado em 48 horas, por ser uma situação atípica, e atendeu a todos satisfatoriamente. Com isso não tivemos prejuízo na avaliação da vistoria e ajudamos que o produtor pudesse fazer a colheita. “Usamos imagem de satélite para acrescentar alguma informação e conseguimos finalizar a safra de verão. Outro problema enfrentado é que muitos produtores, acima de 60 anos, não queriam atender o perito. “Mas como precisavam começar a fazer a colheita da soja, delegaram a tarefa para corretores ou representante das cooperativas”, conta Sergio.

Com a safra verão finalizada, a NEWE vive intensamente a safra inverno. “Já temos quase 1.200 avisos de sinistros para a safra de inverno, que acaba de começar, boa parte pelo evento seca, na cultura milho e no Paraná, o que ajuda, pois é onde está a maioria dos peritos, permitindo que todas as vistorias sejam feitas no método usual”, comenta Sérgio.

Segundo Motroni, já foram vendidas mais de 6 mil apólices de seguros no ano de 2020 e a seguradora já contabiliza mais de 1.200 sinistros avisados. A previsão é chegar a 2 mil avisos de sinistros até o final da safra de inverno. “E isso nos motiva a tornar a companhia ainda mais digital e especializada, com peritos experientes, que são os responsáveis por nos ajudar a prestar um atendimento de qualidade, com técnica e transparência.  Continuaremos investindo na melhoria dos processos da NEWE e seguiremos com o objetivo de sermos reconhecidos como a melhor pelos nossos clientes”, finaliza.

Fonte: Sonho Seguro