Lei de desmanche vai baratear seguro de carro em SP

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O Estado de São Paulo deu o pontapé na regulamentação de desmanches de carro, que tem potencial para baratear o custo do seguro de automóveis por dois motivos: por diminuir a incidência de roubo e furto e por possibilitar o uso de peças usadas em reparos, dois dos principais componentes para a formação de preço do seguro. Atualmente, apenas 30% da frota de veículos no país tem seguro, percentual que está estagnado há pelo menos 20 anos. Com a possibilidade do uso de peças usadas em reparos de carros, porém, essa fatia pode subir para 50% nos próximos 10 anos por diminuir o custo da apólice, estima Luiz Pomarole, diretor geral de produtos da Porto Seguro, líder desse mercado. “Os outros 70% da frota não fazem seguro por várias razões, entre elas o custo, mas também têm pessoas que não fazem por morarem em lugares em que o risco é baixo, que tem baixa incidência de roubo e colisão. Esse provavelmente vai continuar não fazendo seguro”, diz Pomarole. A frota brasileira é composta por 81,6 milhões de veículos, sendo 55,9% de automóveis, 26,4% de motocicletas, 10,7% de utilitários e 3,8% de caminhões, segundo dados do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) compilados pela Siscorp, empresa que reúne dados do mercado de seguros. No segundo dia do ano o governo de São Paulo sancionou a lei que regulamenta a atividade de desmonte e reciclagem de veículos no Estado. Os desmanches de carros deverão ser credenciados no Detran e na Secretaria da Fazenda para que possam revender peças ao consumidor. Para que todas as sejam ser rastreadas, elas terão que ser identificadas e ter notas fiscais eletrônicas. São Paulo responde por 42% do mercado de seguro de carros no país. (Valor Econômico)