Altas temperaturas provocaram insolação em uvas de Borba

A vaga de calor queimou cachos de uvas em largos hectares de vinhas de Borba provocando um prejuízo que poderá ultrapassar os 15% e uma redução de um milhão e meio de garrafas de vinho.

Os associados da adega garantem que nunca viram nada assim e já preparam pedidos de indemnização às seguradoras.

O viticultor Luís Gaspar mostra um cacho onde 50% das uvas estão perdidas, mas nesta vinha de Borba há casos de outros cachos completamente queimados, porque não resistiram às temperaturas acima dos 45 graus que castigaram o concelho.

Mais do que “escaldadas”, há vinhas na área de influência da Adega de Borba que sofreram uma “insolação”, segundo Luís Gaspar, tendo o intenso calor sido, sobretudo, fatal para as vinhas velhas, com menos defesa ao nível da vegetação.

Os técnicos admitem que nestes casos pouco havia a fazer para prevenir os efeitos das altas temperaturas, limitando-se a aconselhar a intensificação da rega nos dias que antecederam a vaga de calor.

Os associados da adega já estão a somar prejuízos para tentarem obter indemnizações junto das seguradoras, apontado, para já, a uma quebra até 15%, mas que poderá ser maior. A adega estimava produzir 16,5 milhões de garrafas, o que se traduzia num “ano bom”, mas agora deverá ficar apenas pelo “ano médio”, com uma produção a rondar os 15 milhões.

As altas temperaturas dos últimos dias afetaram outro tipo de fruta, sobretudo maçãs e peras. O presidente da Portugal Fresh, Gonçalo Andrade, disse à TSF que a Associação para a Promoção das Frutas, Legumes e Flores de Portugal está a fazer um levantamento dos prejuízos, mas depois de uma Primavera atípica, que atrasou as produções este calor estragou fruta que estava quase pronta para ser colhida.

A Portugal Fresh – Associação para a Promoção das Frutas, Legumes e Flores de Portugal está a fazer um levantamento dos prejuízos e das produções mais afetadas pelo calor dos últimos dias.

 

Fonte: TSF Online