Numa atmosfera descontraída, o conceituado advogado Carlos Josias Menna de Oliveira conversou entre amigos durante o Almoço do Mercado Segurador ontem, 25 de julho, promovido em Porto Alegre pelo Sindseg-RS. Lembrou, logo no início, do aniversário de 30 anos do escritório C.Josias & Ferrer Advogados Associados, ocorrido no dia 23 de julho, parabenizando a equipe presente. Depois fez uma breve análise da evolução do mercado de seguros e da relação entre as seguradoras e os segurados. Josias definiu essa relação em três períodos. A primeira, na década de 70, como a era da negativa, onde as seguradoras negavam a grande maioria dos reclames dos segurados. “O técnico era preparado para negar e o produtor para vender, gerando verdadeira guerra entre as partes”, lembrou. Quem sofreu nesse período foi o consumidor, porque o Judiciário acompanhava a ótica do contrato elaborado pelas seguradoras, sendo que essas se moviam a razão da especulação financeira. A década seguinte, anos 80, passou a ser do consumidor. Os juristas, que se tornaram consumidores de seguros, perceberam que as cláusulas eram abusivas. O Rio Grande do Sul foi pioneiro nesse processo, fazendo com que o debate em torno do seguro no CDC seguisse os parâmetros já adotados pelo Judiciário gaúcho. Foi a era da informação, onde o mercado segurador teve que divulgar o desconhecido. “Parecia ser ruim, mas se tornou uma ferramenta para as seguradoras se qualificarem”, defendeu. Hoje estamos vivendo a era do pagamento, porque não pagar passou a ser um mau negócio. Segundo ele, com a qualificação do mercado, o judiciário passou a andar de mãos dadas com o mercado segurador, diminuindo número de ações. Ele finalizou com um questionamento: qual será a próxima era?. “Espero que seja melhor ou tão boa quanto essa”, concluiu.