Porto Seguro lucra R$ 1,3 bi em 2018, excluindo venda do IRB no ano anterior

A Porto Seguro divulgou nesta segunda-feira lucro líquido de R$ 387 milhões no 4T18, um aumento de 44% em relação ao 4T17.

Excluindo-se os efeitos não recorrentes da venda da participação do IRB Brasil Re em 2017, o lucro líquido aumentou 34% no ano, atingindo R$ 1,3 bilhão com todas as operações do grupo, incluindo consórcios, cartões, administração de recursos, sendo que as atividades de seguros as quem mais contribuem, com o seguro auto o principal responsável pelo aumento da lucratividade, com um resultado quase duas vezes superior ao ano anterior.

O ROAE alcançou 22,5% no trimestre e 19,1% no ano. Como referência, a rentabilidade dos negócios da empresa com capital ajustado (sem excesso) e considerando uma rentabilidade de investimentos de 100% do CDI seria de 22,4% no trimestre e de 23,5% no ano.

Em 2018, a rentabilidade foi impulsionada pelo aumento substancial do resultado operacional, suportado pelo melhor índice combinado histórico, ao passo que a rentabilidade das aplicações financeiras acima do benchmark contribuiu para mitigar os efeitos da redução da taxa de juros no resultado financeiro, informa o grupo em comunicado.

As receitas das principais linhas de negócio apresentaram evolução, superando os efeitos do baixo crescimento econômico. Na operação de seguros, os prêmios cresceram 2% no trimestre e 5% no ano.

O crescimento dos prêmios do segmento de auto (+1% vs. 4T17) em menor ritmo, quando comparado aos 9 primeiros meses do ano, é reflexo das adequações nos preços para fazer frente a queda nas frequências de sinistros. No acumulado do ano, os prêmios de auto aumentaram 4% (vs. 2017).

O grupo informa que elevou em cerca de 180 mil veículos (vs. 4T17), decorrente principalmente da oferta de alternativas mais acessíveis, como os produtos Azul Leve e Itaú Auto e Roubo, além dos efeitos positivos da recuperação gradual na venda de veículos novos.

Nos demais seguros, o produto saúde obteve o maior crescimento anual de prêmios (+19%) dos últimos 7 anos, alavancado pelas vendas do produto PME e por ajustes na operação, enquanto a expansão dos produtos vida (+2%) e patrimoniais (+4%) ficou abaixo da evolução de anos anteriores, contudo ainda há enorme potencial em função da reduzida penetração.

O índice combinado de seguros registrou uma melhora de 1,4 p.p. no trimestre, consequência da redução de 2,2 p.p. na consolidação dos índices de despesas administrativas e operacionais.

Os esforços para capturar sinergias e benefícios dos investimentos realizados, através da intensificação no uso da tecnologia e de ajustes de processos, resultaram em ganhos de produtividade, sendo que nos últimos 3 anos houve uma redução de 3,1 p.p. na somatória dos índices (D.A. + D.O.). A sinistralidade aumentou 0,6 p.p. em relação ao 4T17, no entanto, permaneceu 3 p.p. abaixo da média dos últimos 3 anos.

Nos negócios financeiros e serviços, as receitas aumentaram 5% no trimestre, impulsionadas pelas operações de crédito, que expandiram 14% (vs. 4T17) mantendo o índice de inadimplência acima de 90 dias (5,4%) em linha com a média de mercado (fonte: Banco Central).

O resultado financeiro foi 93% superior ao 4T17, impulsionado pelo desempenho das alocações em renda variável e dos títulos com juros indexados a inflação. A rentabilidade trimestral da carteira (ex previdência) foi de 2,6% (166% do CDI) e de 8,7% (135% do CDI) no ano.

Confira:

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Fonte: Sonho Seguro