Santander mira agronegócio e propõe novo modelo de seguro

Reportagem do Valor Econômico relata que a ofensiva do Santander no agronegócio está longe de acabar. Após dobrar sua participação na carteira de crédito rural total do país, o banco vislumbra um crescimento ainda mais agressivo do que o observado desde 2016.

Também estão no radar o lançamento de um instrumento financeiro que faça frente às tradings na oferta de hedge aos agricultores e uma maior participação no mercado de seguro rural.

Quando lançou sua nova estratégia para o campo, o Santander detinha uma carteira rural de R$ 6 bilhões, que representava 2,3% do total, conforme dados da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban). Em dezembro de 2017, o montante chegou a R$ 12,9 bilhões e a participação da instituição atingiu 4,6%. No Brasil, o segmento é dominado pelo Banco do Brasil, que tem uma fatia de mais de 60% de uma carteira que beira os R$ 280 bilhões.

Em entrevista ao jornal, o presidente do Santander no Brasil, Sergio Rial, reforçou a aposta. ‘Nossa ambição é ter dois dígitos’, afirmou. Em valores atuais, 10% significariam quase R$ 28 bilhões. A carteira de crédito total do banco é superior a R$ 350 bilhões.

O banco, diz o texto, trabalha em um modelo de seguro rural, sem qualquer subsídio ao prêmio. Segundo Rial, o banco fez uma proposta nesse sentido para a Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). A ideia é que leilões eletrônicos por região – e faixas de risco, ponderado por variáveis climáticas – sejam feitos. No leilão, disse ele, participariam produtores, bancos e seguradoras.

A proposta é que no início os leilões sejam feitos em áreas de risco baixo. Nessas áreas, o subsídio ao prêmio que atualmente existe não tem qualquer sentido, argumentou. ‘Em lugares que nunca deixa de chover, não há necessidade de seguro cobrando prêmios acima de 5% sobre o valor assegurado. É absolutamente inadmissível’.

FONTE: SindSeg SP