Fraudes corporativas comprometem faturamento das empresas

As fraudes corporativas podem comprometer até 6% do faturamento anual de uma companhia. Para fiscalizar e reparar esses prejuízos, há cerca de três anos, o Brasil regulamentou o seguro contra fraudes corporativas, que protege o patrimônio, a base de dados, a documentação e os bens de uma empresa contra eventuais fraudes cometidas por seus próprios colaboradores ou terceiros.

Relativamente nova no País, essa modalidade é oferecida em pacotes que incluem a cobertura de prejuízos econômicos, a contratação de peritos para reconstituição dos dados perdidos ou funções que foram afetadas, além de auxiliar em medidas preventivas e incluir métodos de controle efetivo.

De acordo com dados de pesquisas da consultoria KPMG, 47% dos envolvidos em fraudes corporativas ocupam cargos de gestão (presidência, diretoria, gerência ou cargos de chefia). Os outros 53% englobam o staff geral.

Além de afetar diretamente a vida financeira de uma empresa, as fraudes podem atingir a reputação da companhia. Por isso, a contratação do seguro ajuda na revisão dos processos e das áreas mais suscetíveis.

Como ocorrem as fraudes: Com valores que superam R$ 10 milhões em desvios, grande parte das fraudes ocorrem por meio da falsificação de documentos e balanços, roubo de ativos, notais fiscais frias e propinas. O objetivo é gerar ganhos financeiros.

Ainda de acordo com estudos, a detecção acontece no controle interno, com informação de funcionários, cliente e fornecedores e até por contato anônimo.

Atendendo a sofisticação do mercado brasileiro, a procura por esse produto vem crescendo. “As empresas precisam se conscientizar e entender o próprio risco, acreditando que estão vulneráveis a ações de terceiros.

É se prevenir para não precisar de uma ação corretiva após a identificação da fraude, quando o dano já existiu.

A reparação da imagem e a recuperação de prejuízos e até de dados, às vezes, não é possível”, afirma o superintendente de Riscos Patrimoniais e Financeiros da TRR Securitas, Jeferson Bem.

Para evitar este tipo de situação, as empresas precisam, além da contratação do seguro, se atentarem às medidas preventivas como monitoramento de processos, criação de um canal de comunicação anônimo, auditorias não programadas, por exemplo.

Fonte: Revista Apólice