Uma das maiores companhias de vale-refeição do país, a Ticket começou a vender seguros para usuários de seus cartões, além de restaurantes e varejistas conveniados, na semana passada, em uma parceria com a seguradora Zurich e a corretora Aon, informa o Valor Econômico.
É mais um passo na estratégia traçada por sua controladora, a francesa Edenred, para diversificar o portfólio e chegar mais perto das pequenas e médias empresas – público que a Ticket e suas principais rivais Alelo e Sodexo consideram prioritário para crescer.
Felipe Gomes, diretor-geral da Ticket, diz que outros serviços complementares virão e não descarta oferecer uma conta digital aos clientes no futuro.
“Conta digital é importante para o meu negócio”, diz Gomes. Quem vai provê-la, acrescenta, é outra história. Para ele, poderia ser a própria Ticket, um parceiro externo, ou a Ticket Log, empresa de gestão de frotas e mobilidade do grupo Edenred no país, que começou a oferecer o serviço este ano para caminhoneiros. “Todos estão olhando [esse mercado] e vai demorar de seis meses a um ano ainda para ver quem vai entrar. ”
De fato, os projetos de contas ou carteiras digitais partem de empresas de diversos setores – desde varejistas, como Magazine Luiza, a aplicativos de entrega como Rappi ou startups financeiras.
Todos querem oferecer, numa mesma plataforma, serviços diversos (incluindo pagamentos), para atender o cliente em suas mais variadas demandas, sem que ele necessite se desconectar de seus sistemas.
A venda de seguros iniciada agora pela Ticket parte desse mesmo princípio, ao ampliar a gama de serviços disponíveis para a base de pessoas físicas e jurídicas com as quais a empresa já tem algum tipo de contato.
A Ticket é fornecedora de benefícios aos funcionários de 130 mil empresas no Brasil. São 7 milhões de usuários, que utilizam os cartões da marca em 330 mil estabelecimentos credenciados.
Neste primeiro momento, podem ser adquiridos pelo portal ou pelo aplicativo da Ticket seguros de vida, residencial, “bolsa protegida” (que cobre o conteúdo de bolsas e mochilas em caso de furto ou roubo), de acidentes pessoais e auxílio internação.
Para os usuários dos cartões, os valores vão de R$ 7,50 a R$ 29,50, dependendo do produto. Para os estabelecimentos comerciais, o seguro de vida em grupo começa em R$ 10,50 por pessoa. Em 2020, esses empresários poderão contratar também seguros patrimoniais, como contra incêndio e roubo.
“Quando você olha um pequeno e médio empresário, seja ele um dono de restaurante, um cara que trabalha na construção civil, ele precisa se precaver, mas muitas vezes torna-se caro achar uma seguradora e contratar esses produtos”, afirma Gomes.
Segundo ele, como a Ticket tem escala na distribuição, consegue oferecer preços competitivos. “Então, a Ticket está se posicionando como um parceiro efetivo [desse empreendedor], não só entregando benefícios, mas ajudando no dia a dia dele. ”
Fonte: Sindsegsp