Está na hora de você escolher de que lado está

A importância das leis de trânsito, a conscientização dos motoristas e a punição para os infratores sempre são temas de discussão e ganham ainda mais notoriedade em momentos com aumento do número de acidentes, como o fim de ano.

Dificilmente, o motorista que nunca teve uma multa grave estará envolvido em um acidente com vítimas atais. Mas, na maioria absoluta, quando verificamos o histórico dos assassinos do trânsito lá estão diversas multas graves e gravíssimas.

Muitos desses irresponsáveis conseguem fugir da punição, deixando um rastro de morte para trás e sem serem identificados. Outros, mesmo quando a culpa é evidente, conseguem protelar as condenações e garantir a prescrição ou penas alternativas.

Como se a dor dos familiares que perderam seus entes queridos pudesse ser paga com um punhado de quilo de feijão, como sempre compara Fernando Diniz, presidente da ONG Trânsito Amigo, que perdeu seu filho num acidente de trânsito causado por alguém que jamais foi punido.

Assim como Diniz, cerca de 40 mil famílias choram seus mortos no trânsito todos os anos, conforme atestam os números de indenizações pagas pelo Seguro DPVAT na cobertura de morte.

Muitos dos que atacam as punições aos infratores alegam que precisamos de educação no trânsito e não punições. Sim, a educação no trânsito deve ser constantemente ampliada e propagada. Mas é preciso também lembrar que quem tem habilitação foi preparado e passou pela formação nas autoescolas, recebendo orientações sobre limites de velocidade, os locais em que a ultrapassagem é permitida, significado das sinalizações, etc.

Na Suécia, um dos povos mais educados do mundo, a tolerância com os infratores é zero. Na sociedade brasileira, é preciso assumir em que lado está da segurança do trânsito, e da preservação da vida, e aproveitar o novo ano para uma nova postura no trânsito.

Fonte: Rodolfo Rizzotto – Viver Seguro no Trânsito