Uma matéria veiculada ao Valor Econômico no dia 10/12 informa que a Superintendência de Seguros Privados, Susep, abrirá uma consulta pública. Desta vez trata-se da pretensão da autarquia de segmentar as empresas do setor, de acordo com o porte e o perfil de risco.
A Susep pretende criar quatro grupos para encaixar essas companhias e, por fim, estabelecer as obrigações regulatórias de cada um.
“A segmentação estimula o crescimento de novas empresas no mercado. Isso expande a oferta de produtos”, disse a superintendente da Susep, Solange Vieira, ao Valor. Além disso, a intenção é reduzir preços de um mercado que ainda é muito concentrado, de acordo com a executiva.
O setor de microsseguros será o primeiro a sentir o impacto da segmentação. Solange acredita que, com a segmentação, haverá redução de preços e novos modelos de negócios, uma vez que a barreira de entrada para as companhias será menor.
““Empresas menores chegam com modelos de negócios mais tecnológicos e diversificação de produtos. Com isso a consequência natural é aumentar a cobertura de seguros no país”.
O Valor ainda informou que o objetivo da Susep é implementar quatro grupos — chamados de S1, S2, S3 e S4. De acordo com Eduardo Fraga, diretor da autarquia: “O critério que estamos utilizando nessa segmentação é o porte. O S1 seria voltado para empresas com provisões acima de 6% ou prêmios acima de 9% do mercado como um todo”, disse.
Por exemplo, uma empresa com mais de R$ 60 bilhões provisionados se enquadraria no S1. Para se enquadrar no segmento S2, as provisões teriam que estar entre R$ 2 bilhões e R$ 60 bilhões ou prêmios entre R$ 2 bilhões e R$ 22 bilhões.
Ainda na consulta pública, de acordo com o Valor, há uma sugestão a respeito do prazo para ascender a um segmento. A expectativa é ter um diagnóstico em termos de proporcionalidade das regras para cada segmento no primeiro trimestre de 2020.
FONTE: CQCS | Carla Boaventura