Insurance Europe: UE deve regular dados dos veículos

A Federação que representa 95% das companhias de seguros europeias diz que falta regular o acesso aos dados dos veículos pelos condutores sem terem de passar por construtores ou seguradoras.

Os dados gerados pelos veículos mais modernos criam oportunidades para os condutores terem acesso a produtos e serviços inovadores, mas para que isso aconteça a União Europeia (UE) deve regular o acesso e controlo desses dados por quem conduz.

Para a Insurance Europe, federação de seguradoras que representa 37 associações nacionais – entre elas a Associação Portuguesa de Seguradores – os condutores devem ter total controlo dos dados produzidos pelos veículos e liberdade para os partilhar com o seu prestador de serviços de seguros sem passar pelos fabricantes. Isso só pode acontecer “através de uma intervenção reguladora da União Europeia”.

Esta posição é defendida num documento divulgado a propósito de uma iniciativa sobre os seguros e o futuro da mobilidade.

Os dados gerados pelos novos veículos são uma oportunidade para, por exemplo, criar soluções de seguro à medida do estilo de condução de cada pessoa ou incentivar uma melhor condução. Mas para isso é necessário que os condutores tenham acesso a todos os dados.

No documento a Insurance Europe considera ainda que as seguradoras, para realizarem corretamente a sua função de compensação, devem ter acesso a toda a informação gerada pelos veículos antes, depois e após acidentes.

Esta questão refere-se especificamente a novos tipos de veículos elétricos leves e autónomos, para que as entidades possam saber o que aconteceu e distribuir a responsabilidade. A Insurance Europe analisa ainda as questões de responsabilidade civil colocadas por bicicletas elétricas, segways e trotinetes.

Perante as dúvidas levantadas sobre a responsabilidade por acidentes e se o seguro deveria ser obrigatório para aqueles veículos, a instituição considera que este seguro se deveria aplicar aos veículos que podem superar os 25 km por hora.

 

Fonte: ECO Economia Online