Conseguro: Susep quer mercado aberto, com mais concorrência e menor presença do Estado

Solange Vieira disse que o Estado deve ter presença menor no setor, incentivando a concorrência e a atuação em novos setores como o seguro desemprego.

EXCLUSIVO – Durante a abertura da 9a. Conseguro, a superintendente da Susep, Solange Vieira, avisou que o Governo quer o mercado mais ativo na concorrência e que irá incentivar o uso de novas tecnologias.

Ela ressaltou que a apólice eletrônica é de extrema importância para o crescimento do setor. Além disso, a abertura do mercado possibilitará maior concorrência.

Nesta onda de desoneração do Estado, Solange aventou a possibilidade do mercado de seguros passar a atuar também com o seguro-desemprego. “Por que não pensar o seguro desemprego como produto privado, com gestão mais eficiente e que tira do governo um produto que é responsável por 1% do PIB? ”, questionou.

A superintendente ressaltou o papel da autarquia em incentivar a concorrência entre as empresas para oferecer mais cobertura à população, com consequente inclusão social. “O Governo está disposto a encolher, mas precisa que setor esteja pronto para entrar no mercado e a distribuir novos produtos. O mercado deve ver na concorrência um aliado para o desenvolvimento”.

“Nós administramos riscos e é claro que teremos cuidado para não fazer algo que aumente o risco. Precisamos acreditar no futuro e tentar imaginar a forma de trabalhar em novos mercados”, adiantou, acrescentando que a utilização de novas tecnologias é uma meta da Susep.

“Fui apresentada a empresas novas cuja venda será totalmente pelo celular. Temos que estar abertos a mudanças porque elas vão acontecer, quer a gente concorde ou não.

O mercado informal mostra que precisamos estar presentes em todos os mercados de maneira segura”, avaliou. Por isso, o setor deve contar com a apólice eletrônica e com o seguro contratado pelo celular. A Susep também deve lançar no próximo mês a Sandbox regulatória.

Solange também fez questão de mostrar que deseja ter um mercado de seguros com mais transparência para o consumidor. “Nós queremos transparência em todos os números e informações do que o cliente paga para a seguradora. A regra de conduta diz que a comissão de corretagem e custos administrativos devem estar abertos na apólice”.

Ela enfatizou que o seguro no Brasil tem um alto custo de distribuição, mostrando dados sobre vários países do mundo.

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Ela também acredita que é preciso ter mais empresas atuando no setor. “Gostaríamos que o leque de produtos aumentasse e a nós cabe a eliminação de barreiras para isso acontecer, com queda do preço e aumento da qualidade”.

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Fonte: Revista Apólice I Kelly Lubiato, de Brasília