Circular 592 da Susep é inclusiva

Para Patrícia Costa, gerente de Desenvolvimento de Produtos da Mongeral Aegon, ela democratiza o seguro.

A Circular 592, publicada pela Susep no dia 29 de agosto deste ano, pode ser considerada a maior evolução do mercado dos últimos tempos e também era muito esperada. O normativo traz as condições gerais para a customização de planos de seguros com vigência reduzida de contrato e período intermitente. É uma adequação dos produtos de seguros às reais necessidades do consumidor.

Na prática, Patrícia Costa, gerente de Desenvolvimento de Produtos da Mongeral Aegon, explica que a Circular 592 possibilita ao cliente contratar o seguro no momento em que quer estar protegido. “Ele pode contratar por um prazo específico ou por um intervalo de contratação, inclusive, a Susep utiliza a expressão ‘liga e desliga’, referindo-se a esta opção ao segurado”.

Para exemplificar, ela menciona a contratação durante a utilização de um patinete ou para quem só quer ter o seguro no período de ida e volta do seu trabalho, ou durante uma viagem. “Fazendo uma analogia, antigamente, nós tínhamos que comprar um álbum de um artista, mas só gostávamos de duas ou três músicas. Hoje, temos a opção de escolher pelas músicas que gostamos”.

Ela prevê que haverá uma redução considerável no preço do seguro e, principalmente, a sua democratização. “É um produto que não exclui a venda do corretor de seguros. Ele abrangerá pessoas que antes não estavam seguradas, por não terem condições de pagar pelo produto. A Circular 592 é o que tem de mais moderno hoje quando se fala em seguro, ela é inclusiva”.

Para as companhias, isso se traduz em uma mudança significativa. “O produto requer uma melhoria tecnológica para facilitar a aplicação. Para a contratação automática é preciso oferecer facilidades. Particularmente, acho que o que tem de mais fácil para contratar um seguro como esse é o aplicativo”.

Difundido em outros países, como nos Estados Unidos, Patrícia conta que a Mongeral Aegon já está bastante avançada neste sentido. “Nós já estávamos aguardando com muita ansiedade a normatização de um seguro como esse, já estamos bastante evoluídos em estudos e nas entradas que entendemos que temos possibilidades de trabalhar com esse produto”.

Fonte: Revista Cobertura