Seguradoras absorvem jovens recém-formados

Mais de 35 por cento dos jovens a cumprirem estágios obrigatórios no sector segurador são absorvidos pelo mercado de emprego, afirmou sexta-feira o diretor-geral da Academia de Seguros e Fundo de Pensões, em declarações a jornalistas, à margem de um seminário realizado em alusão ao Dia Nacional de Fundo de Pensões, recentemente assinalado.

Gabriel Cangueza indicou que, nos últimos quatro anos, a instituição formou cerca de 4 387 jovens e que muitos foram inseridos nas maiores agências seguradoras do país, como a Bonws Seguros, Fidelidade Seguros, Nossa Seguros, a Corretora Mossegue.

“Grande parte dos técnicos estão inseridos nas áreas comerciais, devido a uma maior aposta das empresas seguradoras nos sectores de vendas”, sublinhou o diretor da Academia, acrescentando em cada agência que opera em Angola estão presentes dois a três técnicos formados na sua instituição.

Entre os jovens formados constam técnicos comerciais, de seguros, contabilidade de seguros, atuários e outros, segundo Gabriel Cangueza. “Temos sido a solução para as necessidades de formação solicitadas pelo mercado”, sublinhou, destacando a parceria com empresas como a Sociedade Gestora e a Fidelidade Seguros para estágios obrigatórios dos jovens, estando nesta condição mais de cem formados.

A Academia de Seguros e Fundo de Pensões conta com cerca de 14 formadores e ministra 60 cursos, envolvendo estratégias de venda.

Taxa de penetração

A taxa de penetração no mercado segurador continua a um por cento, segundo Gabriel Cangueza, que atribuiu a situação ao baixo nível de adesão dos consumidores aos serviços disponíveis.

“A falta de conhecimento sobre a importância do seguro na vida dos cidadãos e das empresas continua a ser a principal causa da baixa adesão aos seguros automóvel, saúde e contra todos os riscos”, sublinhou.

Gabriel Cangueza esclareceu que o aumento da taxa de penetração depende da densidade de pessoas que aderem ao seguro. “Só o aumento da densidade é que irá fazer com que a percentagem aumente”, adiantou o diretor da Academia, que reconheceu que a credibilidade, qualidade do produto e o tempo de regularização dos sinistros continuam a ser uma das principais causas da fraca adesão.

Fonte: Jornal de Angola