“Desafios do Setor Segurador” foi o tema da palestra de Marcio Coriolano no Almoço do Mercado Segurador
Aconteceu na última quarta-feira, dia 10, no Clube do Comércio de Porto Alegre, o tradicional Almoço do Mercado Segurador, realizado pelo Sindicato das Empresas de Seguros do RS – SINDSEGRS, e tendo como palestrante o ilustre Presidente da Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização – CNseg, Sr. Marcio Coriolano. O evento contou com a participação de aproximadamente 80 pessoas, que confraternizaram e compartilharam das informações trazidas pelo palestrante.
As instabilidades políticas e econômicas do país nos últimos anos afetaram diversas atividades e com o mercado segurador não foi diferente. Embora tenha apresentado desempenho positivo, em contraste com o resultado do PIB, as seguradoras precisaram se adaptar a uma nova realidade. “Somos um mercado bastante resiliente, então o que vimos foi um realocamento de recursos, com uma maior procura por algumas modalidades em detrimento de outras. Pela primeira vez, o seguro de vida superou em volume o automóvel, por exemplo”, explicou o presidente Marcio Coriolano.
Coriolano acredita que o país possui potencial muito grande para o aumento da penetração do seguro, já que o mais popular, o de automóvel, abrange apenas 30% da frota nacional. Porém, a nova realidade econômica do país acentuou ainda mais as desigualdades existentes no Brasil. A incorporação de segurados continuará ser um processo gradual, já que quase 70% dos trabalhadores têm renda inferior a R$ 2 mil, ou seja, com poucas sobras no orçamento para ter um programa adequado de proteção securitária. Somos um país muito grande e o Brasil também é desigual na distribuição de renda. As regiões norte e nordeste possuem a maior parte destas pessoas ganhando até R$ 2 mil. É necessário que as empresas entendam as particularidades de cada região para que possam tirar proveito das suas capacidades.
A tão esperada estabilidade econômica, no entanto, deve ficar para o próximo ano. “Tínhamos a expectativa de boas notícias para 2019, mas economistas já apontam que não podemos esperar muitas mudanças neste ano. Até agora, nosso setor teve muito pouca relação com a reforma da previdência, mas acredito que se passar deve resultar no movimento de novos entrantes, ainda que não imediatamente”, afirma Coriolano. Enquanto estes movimentos externos não refletem na atividade, ele destaca que é preciso que as empresas percebam que neste momento de maior competição, é indispensável que não se esqueça dos interesses do setor como o apoio a regras que reduzam os custos de transação para poder oferecer coberturas com preços mais baixos a população de renda menor. Também é importante entender que o consumidor está mais digital, exigindo mais soluções rápidas, mas que elas podem auxiliar o corretor ao invés de tomar seu lugar.
Com já é de praxe, o Presidente Guacir ofertou ao palestrante um Certificado de Agradecimento por sua participação e dedicação ao brindar o Mercado Segurador Gaúcho com tema tão relevante.