Seguro de carro baseado em comportamento chega ao país

A aposta será das startups de seguros, as “insurtechs”, enquanto seguradoras tradicionais ainda avaliam a modalidade.

O Valor Econômico relata que o seguro de carro que considera quanto e como o motorista dirige para definir o preço começará a ser vendido no país a partir do segundo semestre. A aposta será das startups de seguros, as “insurtechs”, enquanto seguradoras tradicionais ainda avaliam a modalidade.

Até agora, o setor tem usado a telemetria — tecnologia que permite a transmissão remota de dados — para verificar a forma como o segurado dirige e dar descontos pela boa condução, mais como um benefício do que como um produto novo. A cobrança, neste caso, é tradicional, com um valor fixo mensal.

O novo modelo, chamado “pay as you drive” e “pay how you drive”, considera a forma de dirigir e a quantidade de quilômetros rodados para determinar o preço, que varia a cada mês. Segundo a consultoria Bain, em 2020 essas apólices somarão 100 milhões no mundo, o triplo do volume de 2016.

Os mercados mais desenvolvidos são Estados Unidos e Itália. A americana Metromile, referência na cobrança por quilômetro rodado, já atraiu investimentos de US$ 300 milhões e fecha 150 mil apólices por ano.

No Brasil, o primeiro passo deve ser dado pela italiana Generali, em joint venture com a insurtech ThinkSeg, do ex-BTG Pactual André Gregori. A “startup” investiu R$ 50 milhões no projeto, negociado pela matriz da Generali na cidade italiana de Trieste, e que deve ser replicado em outros países.

No produto, com previsão de lançamento em agosto, o cliente pagará uma assinatura mínima mensal de R$ 90 para as coberturas de roubo, furto e colisão. Será somado a isso a quantidade de quilômetros rodados multiplicada pelo preço do quilômetro, de centavos de real — carro parado, portanto, não paga o adicional.

O cliente que rodar com o carro pode ter desconto pela boa condução. “Fizemos mais de dez reuniões com o regulador para chegar ao produto final, que foi feito dentro da legislação atual”, diz Gregori, da ThinkSeg.

FONTE: Valor Econômico via SindSeg