Resseguradora nacional pode ser aprovada dentro de três meses

Além da poupança de divisas, o diploma vai dinamizar o mercado de resseguro.

O projeto de criação da Ango Re está na sua fase final, garantiu esta semana o Chairman da ARSEG – Agência Angolana de Regulação e Supervisão de Seguros, Aguinaldo Jaime, que diz que o diploma da resseguradora nacional pode ser aprovada dentro de três meses.

“Como houve uma demora na sua aprovação, desde que o estudo da resseguradora foi preparado, alguns indicadores alteraram-se devido a conjuntura do País, que hoje é diferente daquela que existia há três anos”, justificou o antigo governador do Banco Nacional de Angola (BNA).

Assim sendo, adianta o responsável da ARSEG, o órgão que dirige teve de atualizar o estudo, que está basicamente concluído e se encontra em condições de ser apresentado aos potenciais acionistas da futura empresa de resseguro.

Rentabilização

“A participação na Ango Re não deixa de ser um investimento para aqueles que vão compor a estrutura acionista da empresa e, naturalmente, não pode haver investimentos sem que sejam feitos na base de estudos fiáveis, que possam demonstrar a rentabilidade das aplicações a serem feitas”, considera.

Neste caso, acrescenta o jurista, quando haver grandes riscos em matéria de importação de bens, estes serão partilhados entre as diferentes companhias do mercado e caso não haja capacidade interna de absorção destes riscos só assim intervém o mecanismo de resseguro.

“Significa dizer que com a obrigatoriedade do seguro de importação de bens feito em Angola, o mercado vai passar a partilhar riscos e sempre que estes excederem a capacidade de absorção do mercado, portanto as seguradoras vão poder ceder parte desses riscos à Ango Re”.

Com efeito, Aguinaldo Jaime pontualiza que o diploma vai também contribuir para a dinamização do mercado nacional de resseguro, sendo um dos efeito positivo decorrente da aprovação do decreto presidencial sobre o seguro de importação de bens, aponta Chairman da ARSEG.

De lembrar que a criação da Ango Re deverá proporcionar a retenção de 500 milhões USD – cerca de 50% do negócio das seguradoras que é ressegurado no estrangeiro – aliviando a pressão sobre as reservas externas do País, segundo Aguinaldo Jaime.

 

Fonte: MERCADO (liberação de imprensa)