Seguradora pode ser vendida

Em matéria publicada no Estadão no dia 15/05, informa que o Banco do Brasil e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) estão em negociação para vender a fatia que possuem na Seguradora Brasileira de Crédito à Exportação (SBCE) e o resultado pode ser divulgado em breve.

A compradora é a própria controladora da companhia, a francesa Coface, que negocia tais participações nos últimos anos. Juntos, BB e BNDES – por meio do seu braço de participações, a BNDESPAR – têm pouco mais de 24% da SBCE. A Coface é responsável pelos outros 75,82%.

Ainda de acordo com o Estadão, a negociação pode ser resolvida em meio às possibilidades de privações que rondam o país. No balanço do BB, a SBCE está contabilizada como um valor de R$ 3 milhões.

Apesar de não ter uma grande expressão, caso avance, a venda pode ser a primeira realizada por parte da instituição e também do BNDES no âmbito de desinvestimentos de operações não alinhadas ao negócio principal desses bancos. Ao mesmo tempo, o BB está fechando negócio com a BBTUR, que atua na área de turismo e promoções.

Entre os bancos de domínio público, a Caixa Econômica Federal vendeu as ações do ressegurador IRB Brasil Re e já iniciou o processo de desinvestimento como a oferta (follow on) da Petrobras e ainda do Banco do Brasil e Alupar, cujos papéis estão nas mãos do FI-FGTS.

Fundada em 1997, a SBCE foi a primeira seguradora de crédito com cobertura para exportação no Brasil. Outras grandes companhias do mercado de seguro, como Bradesco, SulAmérica, Unibanco e Minas Brasil possuíam participações na seguradora e também deixaram a sociedade.

Até março de 2019, a Coface, que controla a SBCE e tem market share de 30% no País, garantiu o recebimento de R$ 27 bilhões no seguro de crédito interno. Por sua vez, o grupo apresentou exposição global de 519 bilhões de euros no período. Procurados, BB, BNDES e Coface não comentaram o assunto.

FONTE: CQCS | Carla Boaventura