Axa detém o seguro de empreiteiros e obras da catedral Notre Dame

Eu, assim como Geoffrey Smith, que escreve no portal Investing.com, nos sentimos chateados de pensar em finanças numa hora de dor.

Sempre quando vejo um incêndio ou um acidente, a primeira coisa que me vem à mente é se a pessoa ou empresa tem seguro. Já saio distribuindo mensagens por WhatsApp para Deus e o mundo, seguradores, corretores, ressegurados e amigos jornalistas e influenciadores.

Costumo explicar, para quem se choca de eu pensar em seguro numa hora tão trágica, que é também uma forma de amor. Afinal, quero realmente saber se os prejudicados terão ao menos amparo financeiro para recomeçar.

Triste mesmo é quando damos a notícia de que não tem seguro, ou tem um seguro insuficiente para indenizar terceiros prejudicados, como no caso recente das mineradoras Samarco e Brumadinho.

Mas geralmente quando o acidente é nos Estados Unidos e países da Europa, a situação é diferente. A França, por exemplo, tem um dos mais altos índices de participação do seguro no PIB e também de consumo per capita no mundo, segundo estudo da Swiss Re.

Com isso em mente, quando vi a catedral Notre Dame arder em chamas em Paris na segunda-feira, sabia que teria uma boa notícia. Logo pedi informações para a assessoria da Axa, sobre se ela tinha algum seguro que pudesse de alguma forma estar envolvido no catastrófico incêndio que destruiu boa parte da construção de mil anos.

Sim. A Axa divulgou comunicado afirmando que a catedral de Notre Dame é classificada como monumento histórico desde 1862 e, como todas as propriedades pertencentes ao estado, é auto-segurada pelo estado.

E logo em seguida já começaram a ser divulgadas as doações de empresas francesas, que já ultrapassam 700 milhões de euros, o suficiente, segundo o presidente Emmanuel Macron, que prevê cinco anos para recuperar os danos causados.

Além das doações, a reconstrução contará com o seguro. “Entre as muitas empresas que trabalham nos projetos de construção da catedral, a AXA France oferece cobertura de responsabilidade civil a duas empresas: Europa Echafaudage e Le Bras Frères.

Além disso, a AXA Art está envolvida no seguro de certos artefatos e objetos cerimoniais que estão na Notre-Dame. A causa do incêndio ainda é desconhecida e está sendo investigada. Todas as equipes estão cooperando plenamente com as autoridades. ”

O mercado acionário reagiu bem ao comunicado, principalmente por acreditar que a seguradora conta com um adequado contrato de resseguro. Além disso, a doação de diversas empresas francesas para a reconstrução da igreja já ultrapassam 700 milhões de euros, segundo informam agências internacionais.

Segundo informa Geoffrey Smith, portal Investing.com., as ações da Axa subiram na terça-feira, num patamar de 13 meses atrás, depois que confirmou que era a seguradora de dois empreiteiros das obras de restauração da catedral, cuja atividade pode estar ligada ao incêndio. Por isso fica a dica: comunicar o fato com clareza faz bem para todos: acionistas, clientes, consumidores, funcionários.

Fonte: Sonho Seguro