Nossa Seguros aumenta resultado em 115 por cento

A seguradora Nossa Seguros encerrou o ano de 2018 com um resultado líquido acima de dois mil milhões de kwanzas, que representam um crescimento de 115 por cento em relação ao ano de 2017, informou sexta-feira, 22, em Luanda, o administrador executivo da instituição, Alexandre Carreira.

O responsável, que falava em conferência de imprensa para apresentação do desempenho da empresa em 2018, disse que a companhia viu crescer a maioria dos seus ramos de negócio, sendo os ramos de doença (saúde), outros danos, responsabilidade civil, transporte e vida, os que mais destaque tiveram ao longo do exercício económico em balanço.

O crescimento no ramo doença, segundo Alexandre Carreira, deveu-se, para além do aumento de carteira, ao ajustamento das tarifas. Em outros danos o crescimento foi suportado pela atualização de capitais por parte de alguns clientes. Já no ramo de transportes o crescimento foi influenciado por uma nova abordagem da empresa a este mercado.

Com um resultado líquido acima de dois mil milhões de kwanzas, a taxa de cobertura da margem de solvência situou-se no ano passado em 263 por cento, contra os 184 por cento de 2017, fator que contribuiu para o reforço da solidez financeira da empresa, segundo o administrador executivo.

Alexandre Carreira referiu que o valor da margem de solvência está acima da média do sector no país.

Com base no relatório e contas do exercício económico de 2018, o administrador executivo da instituição financeira não bancária, Alexandre Carreira, referiu que a empresa registou 11 mil milhões, 856 milhões e 778 mil kwanzas de prémios brutos, um aumento de 22 por cento em relação ao período anterior, mantendo a sua quota em valores que se situam acima dos 10 por cento.

O documento indica que a empresa conta atualmente com cinco mil milhões, 279 milhões e 256 mil kwanzas de capitais próprios, contra os três mil milhões registados no ano de 2017.

Ainda de acordo com o relatório aprovado pela Assembleia Geral da sociedade o rácio de sinistralidade fixou-se em 45 por cento, a cobertura de provisões técnicas em 177 por cento, além de um retorno de capitais próprios na ordem dos 39 por cento.

Perspectivas

Para 2019, o presidente da comissão executiva prevê um ano de muitos desafios, de inversão do ciclo conjuntural, de estabilidade e da retoma da confiança, fatores necessários ao crescimento e diversificação da economia, segundo Carlos Duarte.

Ainda neste ano, a seguradora prevê propor aos acionistas um aumento de capital por incorporação de reservas, para fazer face aos investimentos necessários ao desenvolvimento do negócio no futuro e para reforçar os rácios de solvabilidade da companhia.

Sem avançar o valor da proposta, referiu ser uma das principais preocupações da empresa, que pretende tornar-se na terceira maior companhia do sector de seguros no país. Entre outras iniciativas internas, a empresa prevê incrementar o investimento no seu sistema tecnológico, de modo a suportar os canais de distribuição digital.

De acordo com o presidente da comissão executiva, a transformação digital é outro desafio, estando em curso o investimento numa nova plataforma para que os seus clientes, dentro de dois anos, tenham os serviços disponíveis no tele móvel.

Setor segurador

Segundo dados estatísticos, de um total de treze associadas, um grupo de sete seguradoras a operar no país tinha uma quota de mercado de 82,78 por cento em 2017.

Até novembro de 2018, esse grupo registou um crescimento dos prémios de 25,99 por cento, um indicador de que o mercado voltou a ter um crescimento real positivo ao nível dos prémios, contrariamente aos dois anos anteriores.

Em novembro de 2018, o grupo de maiores seguradoras registou uma taxa de sinistralidade de 40,30 por cento, inferior à taxa de 57,32 observada em 2017. Até final de 2018, o mercado tinha 25 seguradoras licenciadas, das quais três são gestoras de fundo de pensões.

Com 26 agências espalhadas pelo país e 134 colaboradores, a Nossa Seguros é uma instituição financeira não bancária, sujeita à supervisão da Agencia de Regulação e Supervisão de Seguros (ARSEG).

Fonte: Jornal de Angola