Seguradoras de Moçambique negociam exigências para participar em projetos de gás

Os requisitos estabelecidos por grupos estrangeiros para a participação de seguradoras moçambicanas em projetos de gás natural estão a ser negociados e podem ser revistos, disse o presidente da companhia de seguros moçambicana Emose.

Os requisitos estabelecidos por grupos estrangeiros para a participação de seguradoras moçambicanas em projetos de gás natural estão a ser negociados e podem ser revistos, disse o presidente da companhia de seguros moçambicana Emose.

Joaquim Langa disse que os requisitos “eliminaram completamente a possibilidade de participação das seguradoras moçambicanas” e acrescentou que a Emose já trabalhava com a subsidiária moçambicana do grupo norte-americano Anadarko Petroleum, “para encontrar uma solução adequada à realidade do país”.

Um dos problemas centra-se no resseguro, “e o foco é que as empresas moçambicanas, lideradas pela Emose, assumam 100% do risco, uma parte significativa das quais será repassada para as resseguradoras consideradas pelos grupos estrangeiros para atender requisitos ”.

Langa, citada pelo jornal moçambicano O País, afirmou que a revisão dos requisitos deverá reservar pelo menos 30% das comissões deste serviço para seguradoras que operam em Moçambique, numa ação liderada pela Emose em parceria com outras seguradoras elegíveis.

O presidente da Emose destacou o caso do grupo italiano ENI, que exige que as seguradoras tenham um faturamento acima de US $ 500 milhões, “uma exigência que está longe da capacidade das empresas moçambicanas”.

Fonte: MERCADO (liberação de imprensa)