AIG discute regulação de sinistros em Responsabilidade Civil

Dimensão da cobertura da apólice, impacto do sinistro no negócio e sobre terceiros e planejamento em prevenção são os principais pontos que devem ser levantados por corretores.

Com casos práticos de diferentes acidentes e imprevistos que exigem a responsabilização de empresários – de acidentes de trabalho a erros na linha de produção e prejuízos a terceiros por graves danos – a AIG promoveu o evento O Sinistro da Vez: Responsabilidade Civil, na última sexta-feira (15), em São Paulo.

Na ocasião, mais de 100 corretores acompanharam o painel formado por especialistas da AIG nas áreas de Sinistros, Jurídico e Produto, ao lado do executivo da CooperBrothers, empresa de Regulação de Sinistros.

“A partir de dúvidas e questionamentos dos corretores, organizamos este encontro como mais uma forma de capacitar nossos parceiros nas coberturas e especificidades dos Seguros Responsabilidade Civil Geral (Empregador, Produtos e Operações).

A partir de exemplos e da experiência da AIG, buscamos mostrar as principais exposições a riscos, o funcionamento das coberturas e a importância de atividades de gestão e prevenção”, explica Nathália Gallinari, Gerente de Responsabilidade Civil e Ambiental da AIG.

Durante o painel, Daniel Santos, Gerente de Sinistros de RC e Linhas Financeiras da AIG, explicou que “quando negociam a apólice, muitas empresas ficam preocupadas com apenas dois pontos: a cobertura e o limite. Ou seja, acreditam que, no máximo, a seguradora irá arcar com os custos de indenização.

Porém, é importante ressaltar que a AIG faz muito mais que isso: toda a investigação do sinistro permite à empresa entender os motivos que levaram ao eventual incidente e ajuda na prevenção. São serviços que, independente da cobertura do sinistro, estarão à disposição do segurado”.

Para Nathália Gallinari, também parte do painel, há inúmeros recursos técnicos utilizados pela seguradora que auxiliam na apuração e regulação de sinistros.

“Trabalhos multidisciplinares, que inclusive envolvem perícias, auxiliam na solução de uma série de questões, como, por exemplo, verificar se o produto questionado poderia ou não apresentar um determinado problema, ou causar certo dano”, diz.

A importância dos primeiros passos da apuração 

Eduardo Lima, Diretor da Cooper Brother, trouxe para o debate o conhecimento do ‘outro lado do balcão’ e destacou que cada segurado possui particularidades, por isso é importante entender com detalhes as questões técnicas de seu ramo de atuação.

O profissional destacou que “os primeiros passos são fundamentais para avaliar eventuais falhas de segurança. São apuradas quais foram as ações imediatas tomadas pelo segurado para controlar aquela situação, se os equipamentos de proteção individual (EPIs) foram utilizados corretamente, se o programa de manutenção foi cumprido e se o colaborador possuía treinamento e certificados necessários para operar aquela determinada máquina”.

Segurado deve se precaver mesmo quando o sinistro é encerrado 

Alguns profissionais acreditam que os problemas se encerram quando o sinistro é finalizado. Porém, Katiuscia Brandão, Especialista de Sinistros de Responsabilidade Civil da AIG, destaca que reclamações podem surgir, em alguns casos, até alguns anos após o encerramento.

“É fundamental manter registros, perícias e documentos que comprovem que o evento não prejudicou, por exemplo, empresas parceiras, fornecedores ou vizinhos do empreendimento”, lembra Katiuscia.

O impacto à cadeia de valor e a terceiros

Entre os exemplos citados pelos especialistas foi o de uma manufatura de pequeno porte, fornecedora de grandes indústrias no setor de bebidas. Com uma apólice de Responsabilidade Civil Produtos, o sinistro teve grande impacto na cadeia produtiva, a ponto de exigir um descarte antes de os materiais chegarem ao varejo.

“O corretor deve conhecer o negócio do seu cliente e qual o seu alcance para auxiliá-lo na dimensão do risco”, explicou Katiuscia. Outro ponto é o caso de incêndio ou outros acidentes em estabelecimentos, com danos a terceiros próximos.

“Pela extensão dos estragos, um pequeno comércio terá de arcar com os seus prejuízos e com o de terceiros. A falta de planejamento para esses casos pode levar ao fim do negócio”, completa.

Fonte: AIG I Sonho Seguro