Saiba mais sobre a evolução das placas de trânsito no Brasil

Se tem um assunto que não sai da boca dos brasileiros quando o assunto é trânsito são as Placas Mercosul. De acordo com o Ministério da Infraestrutura, a nova placa já está presente em mais de 900 mil veículos no país.

Mas você sabia que esta é a quinta vez que o modelo é mudado desde que foi criado, em 1901? Para entender melhor esse “troca-troca”, o post de hoje vai levar você por uma viagem pelos sistemas de placas de veículos que já foram adotados no Brasil. Bora?

Lá nos primórdios…

O primeiro sistema de placas brasileiras surgiu lááá em 1901, e foi usado por 40 anos. O modelo era bem diferente: podia ser das cores preta ou vermelha com caracteres brancos, e apenas uma sequência básica de números de 1 a 99999 precedida pelas letras P, para veículo particular, ou A, para veículo de aluguel.

As sinalizações eram emitidas pelas prefeituras. Por isso, poderia facilmente haver placas iguais em cada um dos municípios brasileiros. Curioso, né?

A fase das placas numéricas…

A partir de 1941, o sistema evoluiu: as placas continuaram a ser emitidas pelos municípios com sequência numérica simples, mas a categoria do veículo era representada por… cores! Ou seja, a placa laranja, com números pretos, era usada por veículos particulares, e a vermelha, com números brancos, por veículos de aluguel e/ou frete.

O nome do município de registro e a sigla do Estado foram incluídos no topo da placa para diferenciar os carros por localidade. Ah, e tinham também as placas traseiras! Elas possuíam só a sigla do Estado e a sequência de números. As placas de motos seguiram o mesmo estilo, mas eram ovais, e não retangulares.

…E das alfanumérica

Aí, em 1969, entraram as letras. As placas passaram a combinar um par de letras seguido por quatro números para veículos de quatro ou mais rodas, e três números para veículos de duas ou três rodas.

Foi nesse momento que as placas finalmente passaram a ser registradas pelo Estado, e não mais pelo município. Assim, as combinações de letras eram distribuídas por região administrativa, evitando a repetição de placas dentro do estado. Ou seja, acabou a confusão!

O período do registro nacional

Esse é o sistema que usamos até hoje, galera! Ele começou a ser implementado em 1990, no Paraná, e foi sendo adotado aos poucos em cada Estado até ser totalmente implementado em 1999. As placas passaram a adotar um prefixo de três letras e uma sequência de quatro números – valendo também para motos – aumentando o número de combinações possíveis para mais de 150 milhões. E a cor? Mudou também! As placas passaram a ter o fundo cinza com caracteres pretos para veículos particulares e vermelho com caracteres brancos para veículos de aluguel.

Chegamos em 2018… e vieram as Placas Mercosul

A última parada da nossa viagem é a Placa Mercosul, que surgiu a partir de um acordo entre o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) com os países do Mercosul com o objetivo de criar um sistema unificado entre esses países.

E você já deve ter visto o novo modelo por aí: são brancas, com uma tarja azul na parte superior, onde fica o nome do país no qual o carro está registrado, e uma combinação alfanumérica com quatro letras e três números. As placas têm também a bandeira do Estado e o brasão de armas da cidade onde o veículo é registrado, com as categorias diferenciadas por cor dos caracteres.

De acordo com o Ministério de Infraestrutura, a nova placa já está em vigor em sete Estados: Rio de Janeiro, o primeiro a adotar o modelo; Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Paraná, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul, unidades da federação que migraram para o formato em dezembro de 2018.

Fonte: Viver Seguro no Trânsito