Não saber a forma como o alimento foi manuseado e se ele estava refrigerado da forma adequada são os principais fatores a estar atento e evitar infecções.
Os meses de janeiro e fevereiro são marcados pelas férias de verão. Esse período requer atenção redobrada ao consumir alimentos na rua, especialmente os vendidos por ambulantes.
Isso porque, segundo Gláucia Ruggeri, gerente médica da Central Nacional Unimed, é preciso estar alerta à procedência e à refrigeração dos alimentos.
Comidas preparadas com carnes, peixes, frutos do mar, laticínios e ovos são muito mais susceptíveis à deterioração caso não sejam tomados os devidos cuidados.
A endocrinologista explica que “ao ingerir um alimento perecível podemos ser acometidos por uma infecção causada por bactérias – o mais comum –, vírus ou parasitas”.
As bactérias que costumam causar mais infecções alimentares são: Salmonella, Campilobacter, Escherichia coli, Bacillus cereus e Listeria.
A pessoa que ingere um alimento contaminado pode apresentar diarreia, náuseas, vômitos, dores abdominais e até febre. Alguns casos levam à desidratação, o que pode resultar na necessidade de internação hospitalar.
A falta de conhecimento sobre a procedência e a forma como os alimentos foram manuseados são o principal risco ao comprar petiscos vendidos nas praias, uma vez que não se sabe como foram armazenados e preparados.
Caso haja mal-estar após a ingestão de algum alimento o recomendado é evitar a desidratação por meio do consumo de água natural e de coco, sucos naturais e chás.
Além disso, consumir refeições leves evitando-se os alimentos industrializados, gordurosos, condimentados e dar preferência às verduras, legumes, frutas, castanhas, cereais integrais e carnes magras.
Vale lembrar de que a diminuição de apetite é comum durante o verão, uma vez que as altas temperaturas diminuem o gasto energético, por isso esse sintoma, isoladamente, não é motivo de pânico.
Gláucia explica que a temperatura corporal normal é de 36,5ºC graus. O calor também provoca vasodilatação, o que pode causar queda da pressão arterial, mal-estar, sonolência e desânimo. “Quando a temperatura externa é superior à do corpo, a única forma de dissiparmos o calor é suarmos.
Os idosos estão mais susceptíveis aos efeitos negativos das elevadas temperaturas, pois este mecanismo de regulação da temperatura corporal é menos eficiente porque transpiram menos”, reforça a especialista.
Uma forma segura de aproveitar bem as férias e evitar esses desconfortos é levar o próprio lanche, desse modo além de ter maior segurança sobre a procedência daquele alimento também é economicamente mais viável. Então coloque gelo no cooler e não se esqueça de usar água potável. Boa praia!
Fonte: Segs.