Reparação de dano causado por ataque de facção precisa estar prevista na apólice de seguro; entenda

As chamas nos carros atacados em Fortaleza foram contidas pelo Corpo de Bombeiros (Foto: Mateus Dantas/O POVO)

A partir do dia 4 de janeiro último, registros de ataques começaram a se acumular na Capital e em cidades do Interior.

Vítimas da onda de violência no Ceará que sofreram com danos em bens pessoais assegurados por empresa precisam ficar atentos ao que consta na apólice de seguro ao buscar reparação, aponta o defensor público Eduardo Villaça.

Segundo ele, em nem todos os contratos consta a cláusula que versa sobre esse tipo de ataque a posses.

Villaça ainda orienta sobre a busca por indenizações. Segundo ele, “cada caso é um caso” e precisa ser avaliado se é cabível de reparação. “É possível (reparação) após um carro da Enel incendiado danificar uma casa? É possível, mas não tenho como dizer de maneira geral, depende de provas, da situação e da análise caso a caso”, disse.

A partir do dia 4 de janeiro último, registros de ataques começaram a se acumular na Capital e em cidades do Interior. Até esta sexta-feira, 11, ao todo, 309 pessoas foram presas ou apreendidas no Estado por suspeita de envolvendo em tais ações criminosas.

Além de ônibus, transportes escolares, veículos apreendidos e prédios públicos, residências, carros e caminhonetes particulares foram atingidos pelos ataques.

Na quinta-feira, 3, concessionária de veículos na avenida Santos Dumont foi atingida por ataque veículos estacionados no local foram tomados pelas chamas. Na terça-feira, 8, o carro de uma autoescola foi acertado por coquetel molotov arremessado por criminosos. O instrutor ficou ferido.

Na última quinta-feira, 10, a tentativa de criminosos de derrubar a base da estrutura por onde passa a Linha Sul do Metrô de Fortaleza, no bairro Parangaba, deixou danos em residências próximas.

O POVO Online procurou a Superintendência de Seguros Privados (Susep) no início da tarde desta sexta-feira, que indicou buscar a Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg).

A assessoria de imprensa da Federação respondeu no fim da tarde informando que o Sindicato das Seguradoras do Norte e Nordeste (SindsegNNE) deveria responder à demanda sobre como clientes podem proceder para buscar a reparação, contudo, as chamadas não foram atendidas.

Fonte: O POVO Online (Blogue)