“Não sou marimbondo”, diz Tchizé dos Santo

A deputada do MPLA e empresária Welwitschia dos Santos, “Tchizé”, recorreu às redes sociais para contestar o que descreve como uma “nova tentativa mediática de “assassínio de carácter””, ligada a uma notícia sobre a “Mandume Seguros, S.A.”, empresa à qual está associada.

A referência, no site Club-K, da “Mandume Seguros S.A.” como uma “empresa fantasma de Tchizé” que está “na mira das autoridades” levou a deputada a tomar uma posição pública.

Começando por dizer que “estava caladinha…”, mas que resolveu falar porque tentaram “queimá-la” com “nova tentativa mediática de “assassínio de carácter””, a deputada pede que a deixem de fora das “guerras de tubarões venenosos”.

“Eu não sou marimbondo, sou uma sereia encantada, com coração de fada e alma de rainha… Classe e humildade nunca me faltou…e confesso que também tenho bom gosto! Gosto de estar do lado do bem”, escreveu a empresária, em resposta à notícia do Club-K.

Segundo esta publicação, a “Mandume Seguros, S.A.” já deveria ter perdido a licença porque não iniciou atividade nos seis meses posteriores à sua constituição, conforme prevê a Lei.

“No passado, sectores dos seguros em Angola teriam notado a inatividade da “Mandume Seguros, S.A.,” mas nunca aplicaram a lei para cessação da licença por alegado receio, tendo em conta que os acionistas eram filhos do antigo Presidente da República”, avançou o Club-K.

Em resposta, a empresária refuta a designação “empresa fantasma”, confirmando, contudo, tratar-se de um projeto que nunca saiu do papel, algo que atribui a “bloqueios e burocracia”.

“Nada de ilegal nem de errado. Há vários empresários e investidores que lutam e não conseguem levantar projetos.

É mais uma prova que não beneficiei de dinheiro do Estado nem empréstimos sem garantia do BPC para fazer negócios, e sempre batalhei como outros empresários”, sublinhaTchizé dos Santos, apelando a que se mude de alvo.

“Vão atacar quem comeu as centenas de milhões do BPC sem garantias e sem obra para justificar tais levantamentos. Há muito por onde encontrar gente que não mereceu as excessivas oportunidades que teve”, exorta, acrescentando que o tema merece ser aprofundado.

“Apelo por favor aos jornalistas de investigação, a começar pelo Sr. Rafael Marques, e todos os interessados que vejam a lista de todos os acionistas, desde os constituintes até aos subscritores atuais das ações e todos os beneficial owners (benefíciários finais/por trás de testas-de-ferro) de todas as seguradoras de Angola”, escreve a deputada, apontando o dedo à forma como essas empresas foram criadas, em concreto à origem do dinheiro.

“Aí estará a resposta: Porquê que umas nunca conseguiram sair do papel e outras dão milhões a pessoas que estão em cargos públicos ao mais alto nível e não nasceram herdeiros de pais ricos”, aponta Tchizé dos Santos.  NJ

Fonte: Angola 24 Horas – Luanda