Educar o jovem para envelhecer melhor

Chegar à maior, melhor, idade de forma digna é um dos maiores desafios da humanidade, sabendo que começamos a envelhecer a partir dos 28 anos, segundo especialistas no assunto que falaram durante o XIII Fórum da Longevidade promovido pela Bradesco Seguros.

Vinicius Albernaz, presidente do Grupo, disse que segundo dados da Geneve Association, estima-se que em 2050 haverá 380 milhões de pessoas com mais de 80 anos, nos Estados Unidos, Europa e Ásia.

“Temos em curso a aceleração do fenômeno da longevidade e vemos com orgulho estas mudanças, porque há 13 anos envelhecer era quase como sair de cena.

Colocamos o debate desde a prevenção de saúde até a sua manutenção financeira.

Isso reitera nosso compromisso de manter a visibilidade desta faixa etária, protegendo-a sempre.

Há outras iniciativas, mas a melhor forma de reforçar nosso compromisso é manter a atualidade do debate através de nossos especialistas”.

Quem hoje tem entre 28 e 58 anos, daqui a 32 anos fará parte da estatística citada acima, ou seja, serão idosos em 2050.

Como sempre faz questão de ressaltar, Alexandre Kalache, gerontologista e presidente do Instituto da Longevidade, o envelhecimento não é uma corrida de 100 metros, mas sim uma maratona, que necessita de preparação.

“É preciso integrar os capitais de saúde e qualidade de vida, de conhecimento, social e financeiro com um propósito de vida”.

O evento contou com a participação de diversos especialistas para discutir o futuro da longevidade.

Denise Mazzaferro, especialista em gerontologia, lembrou que estamos na fase transitória para viver até os 100 anos e que existirão novos empregos e habilidades para este período da vida. “Ter uma situação financeira resolvida não será tudo. Precisaremos de um propósito”.

Viver para sempre é o sonho de muita gente, mas viver bem e com saúde é o maior desafio. A geneticista Lygia da Veiga Pereira mostrou alguns avanços nos estudos do genoma humano e como eles podem ser aplicados na ampliação da qualidade de vida das pessoas com mais idade.

A cientista apresentou uma série de estudos sobre o genoma que impactam na saúde e na qualidade de vida dos seres humanos. “Somos produto do nosso genoma e da nossa qualidade de vida, temos o poder de modular os efeitos do genoma com o nosso estilo de vida, tomando cuidados com obesidade, fumo, e doenças crônicas.

Enquanto a pílula da vida eterna não vem, precisamos modular nosso estilo de vida para viver melhor”, sentenciou.

Fonte: Revista Apólice