Prêmios de seguros atingiram 116 mil milhões de kwanzas

Os prémios de seguros atingiram 116 mil milhões de kwanzas em 2017, com os acidentes de trabalho, doenças e viagens a absorverem 64 mil milhões de kwanzas ou 55 por cento da carteira, segundo dados apresentados no III fórum de seguros, realizado ontem, em Luanda, pelo jornal “Expansão”.

O diretor de Supervisão e Inspeção da Agência Angolana de Regulação e Supervisão de Seguros (Arseg), que apresentou estes números no fórum, acrescentou que, em 2016, a carteira de prémios se situou nos 102 mil milhões de kwanzas – menos 12 por cento que em 2017 – com 60 por cento do valor pago consagrado aos acidentes de trabalho, doenças e viagens.

 

A taxa de sinistralidade absorveu 58 por cento do valor global da carteira, mas o valor pago à cobertura de apólices contra incêndios cresceu para 215 por cento, a dos transportes 141 e outros danos em coisas 65 por cento.

Os prémios de resseguros cedidos ao exterior constituíram 27 por cento da carteira, ou 31 mil milhões de kwanzas.

 

Quarenta e sete seguradoras operam no mercado liderado pela estatal ENSA, seguida pela Saham, Fidelidade, Nossa e Global Seguros. As resseguradoras que trabalharam com as companhias nacionais são lideradas pela ÁfricaRe, SwissRe, MunichRe e MafreRe.

 

Silvano Pinto de Andrade considerou que a taxa de penetração ainda é baixa, situando em 0,89 por cento. Quanto às comissões de seguros diretos realizados pelos mediadores e corretores para a realização do negócio, as cifras estiveram à volta dos 3,00 por cento em 2017.

 

No mercado de fundos de pensões, atuam oito entidades a gerir 31 fundos, mercado liderado pela companhia Fénix.

 

Empresa de Resseguro

 

Ao discursar na abertura do III fórum de seguros, o ministro das Finanças, Archer Mangueira, disse que o Executivo está a criar condições para que a Empresa Nacional de Resseguros “venha a ser uma realidade. ”

 

Segundo o ministro, o objetivo é “reter” uma boa parte dos riscos cedidos ao mercado externo de resseguros. “A criação da resseguradora nacional irá minimizar as transferências anuais de milhões de dólares em prémios de resseguros e potenciar as seguradoras locais para fazerem maior retenção do risco, possibilitando a sua progressiva capitalização. ”

 

O ministro anunciou que o Executivo, em parceria com o Banco Mundial (BM), está a criar mecanismos para, entre 2018 e 2022, desenvolver o mercado de seguros por via do alargamento da matéria segurável.

 

Fonte: Jornal de Angola