Liberty, Allianz, Travelers e AIG divulgam balanço do terceiro trimestre

A Liberty Mutual e suas subsidiárias registraram lucro líquido de US$ 282 milhões e US$ 1,9 bilhão nos três e nove meses encerrados em 30 de setembro de 2018, contra prejuízo líquido de US$ 665 milhões e US$ 188 milhões nos mesmo s períodos de 2017.

O bom desempenho no lucro líquido e no índice combinado foi em parte creditado a baixa atividade de catástrofes no trimestre.

David H. Long, presidente e CEO, disse que a estratégia segue em desenvolver produtos e diversificar a abrangência de distribuição, que evidenciou o crescimento líquido de prêmios no trimestre de 3,4%, para US$ 10,2 bilhões, com forte crescimento vindo de nossas operações internacionais”.

O índice combinado total para os três meses encerrados em 30 de setembro de 2018 foi de 99,5%, uma queda de 17,7 pontos em relação ao mesmo período de 2017. A redução reflete principalmente as menores perdas catastróficas neste ano e os prejuízos líquidos incorridos em anos anteriores.

O índice combinado consolidado antes das catástrofes foi de 95%, um aumento de 1,9 ponto em relação ao mesmo período de 2017, refletindo o impacto da maior atividade de perda não catastrófica nos mercados globais de varejo e n a Global Risk Solutions (GRS).

Allianz – A Allianz confirmou nesta sexta-feira a sua meta de lucro para o ano todo, depois de relatar um desempenho no terceiro trimestre que estava de acordo com as expectativas dos analistas e se beneficiou de menores pedidos de catástrofes naturais.

O grupo segurador sediado em Munique gerou € 30,5 bilhões em receitas entre julho e setembro, 7,9% a mais do que um ano atrás. Com € 3 bilhões, o lucro operacional no trimestre aumentou 20,6% em relação ao ano anterior, enquanto o lucro líquido subiu 15%, para € 1,9 bilhão.

“Estamos muito confiantes para alcançar nossas metas também para este ano”, disse o executivo-chefe Oliver Bäte em um comunicado. A meta da Allianz para 2018 é obter um lucro operacional entre € 10,6 bilhões e € 11,6 bilhões. Nos primeiros nove meses do ano, já alcançou 80% do ponto médio da meta.

Bäte disse aos investidores que os esforços de reestruturação do grupo estavam começando a dar resultados, ressaltando que, nos primeiros nove meses, “ganhos substanciais de produtividade” contribuíram para o aumento dos lucros. Em meados de 2017, a Allianz anunciou que 700 postos de trabalho na Alemanha seriam cortados em três anos, à medida que fosse digitalizando seus processos internos.

No terceiro trimestre, as três principais divisões da Allianz – sinistro de propriedades, vida e saúde e gestão de ativos – relataram aumento de receita. O índice de capitalização do grupo Solvência II, um critério importante para a solidez do balanço das seguradoras, permaneceu inalterado em 229% no final de setembro.

Travelers – A seguradora Travelers ganhou nos primeiros nove meses deste ano US$ 1,9 bilhão, 26% a mais do que no mesmo período de 2017, graças principalmente ao menor número de eventos e catástrofes que teve que enfrentar.

A seguradora registrou receitas de US$ 22,4 bilhões até setembro, um aumento de 5% em comparação com os US$ 21,4 bilhões faturados no mesmo período do ano anterior. Quanto aos resultados trimestrais, a empresa faturou US$709 milhões (US$ 2,62 por título), com um forte aumento de 150% em relação aos US$293 milhões (US$1,05) no mesmo período de 2017.

O fato de as perdas por catástrofes terem diminuído em relação ao ano anterior ajudou na melhoria dos resultados trimestrais. Segundo o presidente e CEO da Travelers, Alan Schnitzer, “em seguros de pessoas, nos juntamos à Amazon para lançar uma primeira loja digital na indústria”. Os resultados superaram as previsões dos analistas, mas as ações da Travelers, um dos 30 índices da Dow Jones, caíam 1,88% na Bolsa de Nova York, no meio da sessão.

AIG – A AIG registrou uma surpreendente perda no terceiro trimestre, já que os desastres naturais, antigos e recentes, prejudicaram os resultados. Foi o quinto trimestre consecutivo que os resultados da AIG ficaram aquém das expectativas dos analistas.

A perda ajustada foi de 34 centavos por ação, enquanto os analistas esperavam um lucro de quase 6 centavos. Tanto o furacão Florence quanto os tufões no Japão atingiram a AIG com mais força que seus rivais. A seguradora registrou US$ 1,6 bilhão em custos de catástrofe no período.

A perda é cerca de três vezes maior do que as previsões iniciais dos analistas do Morgan Stanley. Desastres antigos também voltaram para assombrar a AIG. A seguradora acrescentou US$ 170 milhões para reservas no terceiro trimestre, já que os custos dos incêndios florestais do ano passado na Califórnia subiram acima do que a seguradora antecipou.

Mesmo com os contratempos, o diretor executivo Brian Duperreault disse que a seguradora continua no caminho certo para uma métrica fundamental em seu esforço de recuperação: um lucro de subscrição até o final do ano.

FONTE: Sonho Seguro