Groupama Seguros chama-se agora Una e aposta na expansão internacional

A seguradora comprada em fevereiro pela China Tianying passa a chamar-se Una. Vai ser plataforma de expansão na Europa e lusofonia. A seguir Seguros da Groupama em Portugal vendidos à China Tianying A imagem do grupo francês Groupama, que no final do ano passado se desfez dos seguros em Portugal a favor do grupo China Tianying (CNTY), cede lugar a uma marca nova.

A Una, entidade nascida com a entrada de capital chinês, foi apresentada esta quarta-feira. O novo logótipo é branco e laranja. Muda o nome, a imagem e a ambição. A nova seguradora quer ser um grupo internacional. Em fevereiro, a Tianying formalizou a compra da Groupama.

O grupo chinês a atuar na gestão de resíduos também está em Portugal via entrada nos capitais da Suma, após a aquisição da espanhola Urbaser este verão. Sem experiência nos seguros, tem na administração Michael Lee, ex-administrador da Fosun, a dona da Fidelidade.

“Vamos fazer crescer a Una. Não só em Portugal, mas também em países de língua portuguesa em África, na América do Sul. Queremos usar a Una como plataforma para crescermos noutros países”, diz o administrador ao Dinheiro Vivo, referindo a vontade do CNTY de comprar seguradoras sempre que houver oportunidade.

Em Portugal, no resto da Europa, e em países como Angola, Moçambique ou Brasil – onde Lee se tem deslocado frequentemente. “Pode haver algumas sinergias com outras empresas europeias”, admite o administrador. Já nos países de língua portuguesa, “o ângulo é diferente”. “Tem que ver com a língua, cultura, aspetos legais”, descreve.

O ex-administrador da Fosun, que mantém uma relação próxima com a conglomerado chinês e com o seu chairman, Guo Guangchang, não enjeita futuras aproximações à Fidelidade ou outras entidades do sector financeiro português.

Mas, para já, o plano de operações próximas ainda não é público. “Temos uma proposta em discussão, que ainda vai ser aprovada pelo conselho de administração. Temos objetivos específicos de crescimento para Una, mas ainda estão a ser discutidos”.

Fonte: Dinheiro Vivo