Visão Zero: como o exemplo da Suécia pode ajudar a zerar as mortes no trânsito

Nos últimos dez anos, a base estatística da Seguradora Líder soma mais de 4 milhões de indenizações pagas, em decorrência de acidentes de trânsito, por morte, invalidez permanente e reembolso de despesas médicas.

É muita coisa, não é? Mas e se a gente te contasse que esse cenário pode ter uma solução? É isso aí! Por isso, nesse post, vamos te apresentar o “Visão Zero”, programa originado na Suécia para a redução de acidentes de trânsito que tem gerado resultados positivos.

Conheça o Visão Zero

Criado na Suécia, em 1999, e exemplo para o mundo, o “Visão Zero” é um conceito de segurança viária que pode ser resumido pela seguinte premissa: não é aceitável perder vidas no trânsito. Esse programa muda completamente o paradigma da segurança viária, aceitando que humanos cometem erros, são frágeis e que o sistema de trânsito deve ser construído justamente para protegê-los.

Na prática, isso significa que – ao invés de esperar que as pessoas tenham um comportamento exemplar e perfeitamente seguro – na Suécia, o sistema de segurança viária foi construído a fim de que todos os elementos de uma rede de mobilidade sejam seguros, a fim de reduzir as chances de um acidente grave ou fatal acontecer.

Construindo um sistema de segurança viária

Mas, afinal, como se constrói um sistema de segurança viária eficaz? Para responder essas perguntas, nada melhor do que estudarmos as quatro principais estratégias usadas pela Suécia, não é? Confere só!

  • Desenhar ruas seguras.A maneira como as ruas são desenhadas impacta o comportamento das pessoas. Na Suécia, medidas de moderação de tráfego como lombadas, faixas mais estreitas e bem sinalizadas e espaços seguros para a circulação dos pedestres reduziram a velocidade dos carros e aumentaram a visibilidade das pessoas caminhando nessas áreas, colaborando para a redução de acidentes.
  • Melhorar as opções de mobilidade.Pesquisas mostram que, quanto mais quilômetros são percorridos em carros, maior é a exposição ao risco para os usuários da rodovia. Assim, quanto mais pessoas caminham, pedalam ou andam de transporte público, a segurança viária melhora de forma geral. Por isso, houve investimentos para melhorias das calçadas, ônibus de alta qualidade e corredores dedicados ao transporte público.
  • Controlar a velocidade para reduzir as mortes.Ao trafegar em velocidades mais baixas, os motoristas enxergam melhor seu entorno, têm mais tempo de reagir a eventos inesperados e conseguem parar mais rapidamente. Pensando nisso, no país, houve redução dos limites de velocidade e atualização do sistema de cobrança de multas.
  • Coordenar as instituições. Na Suécia, um sistema seguro começa na premissa de que todos os tomadores de decisão no campo da mobilidade devem estar engajados. Por isso, o plano de Visão Zero inclui o trabalho de engenheiros de tráfego, profissionais para fiscalização, designers de veículos, especialistas da saúde, educadores, jornalistas, cientistas sociais e funcionários do governo – todos juntos na construção de um trânsito mais seguro.

Resultados que já podem ser vistos

Desde que adotou o “Visão Zero”, a Suécia coleciona resultados notáveis, como uma das taxas de mortalidade mais baixas em todo o mundo: apenas 3 em cada 100 mil habitantes. Além disso, desde 2008, nenhuma criança morreu em colisões envolvendo bicicletas e as fatalidades envolvendo pedestres caíram quase pela metade nos últimos cinco anos.

Exemplo aplicado no Brasil

E se a gente te contasse que o “Visão Zero” chegará às cidades brasileiras? É isso aí! No início desse ano, São Paulo e Fortaleza anunciaram a futura implementação dessa abordagem através da elaboração de planos de segurança viária que envolvem medidas como velocidade mais baixa nas vias e readequação de infraestruturas viárias. Bem legal, não é? Por aqui, a gente não está segurando a curiosidade para ver logo os resultados e promete contar tudinho para vocês!

É possível trazer soluções factíveis e de sucesso para o nosso trânsito.

Fonte: Viver Seguro no Trânsito