Presidentes de seguradoras mandam recado para os Corretores de Seguros

O painel “Papel do mercado de seguros na construção do futuro” abriu o segundo dia de atividades do 18º Congresso de Corretores de Seguros (Conec). A atividade foi mediada pelo presidente em exercício do Sincor-SP, Boris Ber, e contou com as presenças de Edson Franco (CEO da Zurich Brasil), Francisco Caiuby Vidigal Filho (Presidente da Sompo Seguros), Gabriel Portella (Presidente da SulAmérica Seguros), José Adalberto Ferrara (Presidente da Tokio Marine Seguradora), Luís Gutiérrez Mateo (CEO do Grupo Segurador Banco do Brasil e MAPFRE), Murilo Setti Riedel (CEO da HDI Seguros), Roberto Santos (Presidente da Porto Seguro Seguros) e Vinicius Albernaz (Presidente do Grupo Bradesco Seguros).

Os executivos debateram o futuro do mercado segurador, falaram sobre tendências e mudanças para os próximos anos e, de forma unânime, exaltaram a importância dos corretores de seguros para a evolução do setor.

“Tenho três notícias para vocês: não temos o fim do mundo chegando, o corretor de seguros não vai acabar e o segurado precisa estar mais perto do corretor”, disse Portella, que enfatizou: “O mercado vem se adaptando, não podemos negar que a mudança vem acontecendo. E se não nos adaptarmos juntos, aí sim teremos uma crise”.

Para Gutiérrez, as seguradoras e corretores precisam saber quais possibilidades que a tecnologia oferece para atender melhor o cliente. “Vocês precisam escutar o mercado e nós precisamos escutar vocês. Temos que reagir, temos que nos adaptar às novas necessidades do consumidor e precisamos estar juntos”, ponderou o CEO do Grupo Segurador Banco do Brasil e MAPFRE, que ainda completou: “O corretor tem um futuro brilhante, mas precisa reagir, se adaptar, para aproveitar o mundo de possibilidades que tem pela frente”.

Na mesma linha, José Adalberto Ferrara falou sobre as iniciativas da Tokio Marine para ajudar corretores e assessorias a venderem mais, utilizando novas tecnologias e ferramentas. “No dia a dia pensamos como podemos inovar em novos serviços para os corretores, para que eles tenham mais tempo para a venda. Então disponibilizamos 16 ferramentas que podem ser utilizadas por pequenos, médios e grandes corretores”, destacou o presidente da seguradora.

Outro tema abordado pelos presidentes das companhias durante o painel foi o seguro de automóvel. “Há um consenso de que não só o futuro do seguro de automóveis, mas também do mercado de automóveis não será o mesmo em muito pouco tempo.

A tecnologia embarcada vai reduzir o risco de colisão, a natureza dos riscos que temos que cobrir vai mudar e teremos que nos adaptar a essa nova realidade”, afirmou Edson Franco, da Zurich.

Segundo o executivo, tanto as seguradoras quanto os corretores precisarão se adaptar a uma nova natureza de produtos. “Pagar pelo uso ou mesmo pagar sobre como você usa são novidades que estão chegando e talvez sejam as duas mudanças mais óbvias e mais rápidas que veremos”, comentou o CEO da Zurich Brasil.

Já Murilo Setti Riedel, CEO da HDI Seguros, lembrou que um dos desafios que o segmento enfrenta atualmente é uma “super safra de carros antigos”. “A crise dos últimos anos apresentou uma variável que foi uma queda enorme na venda de veículos novos.

A nossa maior frota já é aquela com carros com mais de 5 anos de uso e não vamos conseguir oferecer um seguro acessível para esse público se não mudarmos a arquitetura do produto”, analisou Riedel.

Presidente-executivo da Porto Seguro, Roberto Santos enfatizou que o desafio é aumentar o número de segurados na frota circulante e opinou sobre o Seguro Auto Popular. “Temos um desafio de estrutura de produto para carros mais velhos e, infelizmente, a forma como foi desenvolvido o Seguro Auto Popular não é suficiente para atender ao mercado”, disse.

Ainda durante o painel, o presidente da Sompo Seguros, Francisco Caiuby Vidigal Filho, e o presidente do Grupo Bradesco Seguros, Vinicius Albernaz, ressaltaram a importância de os players do setor trabalharem em conjunto para educar a população em relação ao seguro. “É fundamental o mercado dar as mãos e fazer com que a participação do seguro aumente cada vez mais, sempre mostrando para o público a importância do seguro na vida de cada um de nós”, pontuou Vidigal. “Ainda há baixa consciência sobre produtos como previdência privada, e produtos de vida combinados com previdência são muito poderosos”, completou Albernaz.

FONTE: CQCS